Jürgen Habermas, filósofo contemporâneo considerado herdeiro da Escola de Frankfurt, inclui, segundo Bárbara Freitag (1986), em sua teoria da ação comunicativa, a elaboração de um novo conceito de razão, que nada tem em comum com a visão instrumental que a modernidade lhe conferiu, mas que também transcende a visão kantiana assimilada por Horkheimer e Adorno (¿). Segundo este novo conceito de Habermas, a razão é:
Segundo Jürgen Habermas em sua teoria da ação comunicativa, o novo conceito de razão vai além da visão instrumental atribuída à razão na modernidade e também transcende a visão kantiana assimilada por Horkheimer e Adorno. Para Habermas, a razão é entendida como uma capacidade comunicativa inerente aos seres humanos, relacionada à habilidade de alcançar consenso racional através do diálogo e da argumentação.
Habermas critica a visão instrumental da razão, que a reduz a um mero meio para atingir fins individuais e utilitários. Em contrapartida, ele propõe que a razão deve ser compreendida como uma prática comunicativa, na qual os indivíduos podem compartilhar ideias, argumentos e informações em busca de entendimento mútuo. Essa forma de razão comunicativa se baseia na pressuposição de que os seres humanos são capazes de agir de maneira racional ao interagir uns com os outros, buscando um consenso livre e inclusivo.
Nesse sentido, o novo conceito de razão de Habermas valoriza a dimensão intersubjetiva da comunicação e enfatiza a importância do diálogo racional na construção de um consenso compartilhado. Essa abordagem busca superar a visão estritamente individualista e instrumental da razão, promovendo uma compreensão mais participativa e democrática da racionalidade.
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