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A saúde mental no cotidiano do vigilante foi o tema da palestra do psicólogo Carlos Eduardo Carrusca, professor da PUC Minas e doutorando em Psicol...

A saúde mental no cotidiano do vigilante foi o tema da palestra do psicólogo Carlos Eduardo Carrusca, professor da PUC Minas e doutorando em Psicologia/UFMG. Há sete anos pesquisando o assunto, Carrusca concluiu que o estresse a que os profissionais de segurança são submetidos explicam problemas habitualmente definidos como "crises de fúria". "Excepcional não é o fato de que alguns vigilantes tenham agredido pessoas nos locais de trabalho. O mais curioso é que mesmo vivendo situações tão adversas, os trabalhadores da vigilância, na maioria das vezes (86%), ainda conseguem manter 'a calma' e a 'prudência' para lidar com as pessoas, clientes, funcionários, etc.", concluiu. Segundo Carrusca, a própria condição profissional, suas exigências e incompatibilidades raramente são levadas em consideração quando se trata de explicar o comportamento no trabalho. "Em casos identificados ou explicados pelas empresas como "surtos", a ideia básica é tentar eximir o empregador da responsabilidade pelos incidentes que ocorrem", disse. E prosseguiu: "Ninguém faz segurança sozinho; trata-se de uma realidade profissional em que a vida de um depende da vida do outro". Em relação aos casos de violência no trabalho, o especialista explica que, na maioria dos casos, "não se trata de despreparo do profissional, mas sim de dificuldades de condições de trabalho real". Carrusca diz que para evitar e até impedir os problemas, é necessário o suporte das instâncias hierárquicas na mediação dos conflitos e implementação de medidas de proteção à saúde mental. "Os profissionais se queixam de não contar com o apoio das instituições onde trabalham e de não terem coletivos profissionais estáveis (27%), no âmbito dos quais se pode compartilhar experiências e desenvolver competências", concluiu. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), José Boaventura, relembra o caso do vigilante do Bradesco, que disparou contra um aposentado portador de marca-passo. "Ele já tinha pedido para mudar de posto porque a situação ali era de muito conflito e a empresa disse para ele permanecer", recordou. Romualdo Alves Ribeiro, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, lembra casos de vigilantes que passaram por situações de extremo estresse. Em todos os casos, a assistência psicológica aos profissionais, vítimas de violência no ambiente de trabalho, foi pouca ou nenhuma. (Assessoria de Imprensa da CNTV. In: SEEB - Sindicato dos Bancários, 2010). 1) Identifique no texto os possíveis potenciais estressores. 2) Quais as consequências desses potenciais para o trabalhador, para a organização e/ou para o cliente? 3) Proponha uma ação para a melhoria da saúde dos vigilantes, ou seja, sugira algo que previna o estresse no trabalho.

💡 2 Respostas

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Ed Verified user icon

1) No texto, é possível identificar alguns potenciais estressores para os vigilantes, como a situação de conflito no ambiente de trabalho, a falta de suporte das instituições onde trabalham, a ausência de coletivos profissionais estáveis, a falta de assistência psicológica aos profissionais vítimas de violência no ambiente de trabalho, entre outros. 2) As consequências desses potenciais estressores podem ser diversas. Para o trabalhador, pode haver problemas de saúde mental, como crises de fúria, ansiedade, depressão, entre outros. Para a organização, pode haver queda na produtividade, aumento do absenteísmo e do turnover, além de possíveis processos trabalhistas. Para o cliente, pode haver um atendimento de baixa qualidade, o que pode prejudicar a imagem da empresa. 3) Uma ação para a melhoria da saúde dos vigilantes seria a implementação de medidas de proteção à saúde mental, como a oferta de assistência psicológica aos profissionais, a criação de coletivos profissionais estáveis, a mediação dos conflitos pelas instâncias hierárquicas, entre outras. Além disso, seria importante que as empresas levassem em consideração as condições de trabalho dos vigilantes e tomassem medidas para reduzir os potenciais estressores, como a melhoria das condições de trabalho e a oferta de treinamentos para lidar com situações de conflito.
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wagner emanoel

Após analisar as afirmações, a alternativa correta é:

I. A primeira afirmação é correta. As competências individuais, que incluem conhecimentos, habilidades e atitudes, devem estar alinhadas aos objetivos organizacionais. Isso significa que as pessoas dentro de uma organização devem possuir as competências necessárias para alcançar os resultados desejados e contribuir para o sucesso da empresa.

II. A segunda afirmação está incorreta. Os processos de gestão de pessoas, como a avaliação de desempenho, devem estar integrados ao planejamento estratégico da organização. A avaliação de desempenho é uma ferramenta importante para identificar o desempenho dos colaboradores, suas competências e necessidades de desenvolvimento, e, assim, planejar ações para melhorar o desempenho individual e organizacional.

Portanto, a alternativa correta é:

Apenas a afirmação I está correta.






A saúde mental no cotidiano do vigilante foi o tema da palestra do psicólogo Carlos Eduardo Carrusca, professor da PUC Minas e doutorando em Psicol...

A saúde mental no cotidiano do vigilante foi o tema da palestra do psicólogo Carlos Eduardo Carrusca, professor da PUC Minas e doutorando em Psicologia/UFMG. Há sete anos pesquisando o assunto, Carrusca concluiu que o estresse a que os profissionais de segurança são submetidos explicam problemas habitualmente definidos como "crises de fúria". "Excepcional não é o fato de que alguns vigilantes tenham agredido pessoas nos locais de trabalho. O mais curioso é que mesmo vivendo situações tão adversas, os trabalhadores da vigilância, na maioria das vezes (86%), ainda conseguem manter 'a calma' e a 'prudência' para lidar com as pessoas, clientes, funcionários, etc.", concluiu. Segundo Carrusca, a própria condição profissional, suas exigências e incompatibilidades raramente são levadas em consideração quando se trata de explicar o comportamento no trabalho. "Em casos identificados ou explicados pelas empresas como "surtos", a ideia básica é tentar eximir o empregador da responsabilidade pelos incidentes que ocorrem", disse. E prosseguiu: "Ninguém faz segurança sozinho; trata-se de uma realidade profissional em que a vida de um depende da vida do outro". Em relação aos casos de violência no trabalho, o especialista explica que, na maioria dos casos, "não se trata de despreparo do profissional, mas sim de dificuldades de condições de trabalho real". Carrusca diz que para evitar e até impedir os problemas, é necessário o suporte das instâncias hierárquicas na mediação dos conflitos e implementação de medidas de proteção à saúde mental. "Os profissionais se queixam de não contar com o apoio das instituições onde trabalham e de não terem coletivos profissionais estáveis (27%), no âmbito dos quais se pode compartilhar experiências e desenvolver competências", concluiu. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), José Boaventura, relembra o caso do vigilante do Bradesco, que disparou contra um aposentado portador de marca-passo. "Ele já tinha pedido para mudar de posto porque a situação ali era de muito conflito e a empresa disse para ele permanecer", recordou. Romualdo Alves Ribeiro, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, lembra casos de vigilantes que passaram por situações de extremo estresse. Em todos os casos, a assistência psicológica aos profissionais, vítimas de violência no ambiente de trabalho, foi pouca ou nenhuma. (Assessoria de Imprensa da CNTV. In: SEEB - Sindicato dos Bancários, 2010). 1) Identifique no texto os possíveis potenciais estressores. 2) Quais as consequências desses potenciais para o trabalhador, para a organização e/ou para o cliente? 3) Proponha uma ação para a melhoria da saúde dos vigilantes, ou seja, sugira algo que previna o estresse no trabalho.

ChatGPT



  1. No texto, alguns potenciais estressores para os vigilantes são mencionados:
  • Situações adversas enfrentadas no trabalho.
  • Exigências e incompatibilidades da profissão.
  • Falta de apoio das instituições onde trabalham.
  • Ausência de coletivos profissionais estáveis.
  • Condições de trabalho precárias.
  • Situações de conflito e violência no ambiente de trabalho.
  1. As consequências desses potenciais estressores podem afetar tanto o trabalhador, a organização quanto o cliente:
  • Trabalhador: O estresse constante pode levar a problemas de saúde mental e física, como ansiedade, depressão, esgotamento emocional, irritabilidade, dificuldades de sono e concentração, entre outros. Pode haver também impactos nas relações pessoais e na qualidade de vida do trabalhador.
  • Organização: O estresse dos vigilantes pode levar a um desempenho reduzido, aumento do absenteísmo e da rotatividade de funcionários. Além disso, pode haver um ambiente de trabalho tenso e conflituoso, que afeta a produtividade e a qualidade dos serviços prestados.
  • Cliente: Casos de violência ou comportamentos inadequados por parte dos vigilantes podem impactar negativamente a experiência dos clientes, causando medo, insegurança e insatisfação. Isso pode afetar a reputação da organização e a fidelidade dos clientes.
  1. Para melhorar a saúde dos vigilantes e prevenir o estresse no trabalho, sugere-se a implementação das seguintes ações:
  • Fornecer suporte psicológico: Garantir que os vigilantes tenham acesso a serviços de assistência psicológica, como sessões de aconselhamento e terapia. Isso pode ajudar os profissionais a lidarem com o estresse, a desenvolverem estratégias de enfrentamento e a obterem apoio emocional.
  • Treinamento em gestão de estresse: Oferecer programas de treinamento e capacitação que ensinem os vigilantes a gerenciar o estresse de forma eficaz. Isso pode incluir técnicas de relaxamento, habilidades de comunicação assertiva, resolução de conflitos e estratégias de autocuidado.
  • Melhoria das condições de trabalho: Avaliar e melhorar as condições físicas e ambientais do local de trabalho dos vigilantes. Isso pode envolver a implementação de medidas de segurança adequadas, redução de situações de conflito, fornecimento de equipamentos de proteção adequados e garantia de intervalos adequados para descanso.
  • Estímulo ao trabalho em equipe e apoio social: Promover a criação de coletivos profissionais estáveis e fomentar o trabalho em equipe. Isso pode ser feito através de programas de mentoria, grupos de suporte entre colegas, compartilhamento de experiências e apoio mútuo.
  • Envolver as instituições e empregadores: Incentivar as instituições onde os vigilantes trabalham a reconhecerem e valorizarem a importância da saúde mental dos funcionários. Isso envolve a implementação de políticas organizacionais que promovam um ambiente de trabalho saudável, a inclusão da saúde mental nos programas de segurança e a criação de canais


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