Controversa figura política da Roma antiga nascido em Roma, personagem envolta em mistérios e contradições, defensor dos pobres, segundo seus adeptos, ou um demagogo e assassino que conspirava contra a república, segundo seus inimigos, foi uma das figuras mais controvertidas da Roma pré-cristã. Filho de uma família patrícia em decadência econômica, lutou na guerra civil (89 a. C.), quando adquiriu má fama como um zeloso participante dos banimentos ordenados por Sila e por matar o próprio cunhado. Absolvido das acusações de violação de uma virgem vestal (73 a. C.), um crime considerado capital pelos antigos romanos, tornou-se depois co-pretor e governador da província da África (68-66 a. C.). Dessa época originou-se sua suposta devassidão moral perante os padrões romanos, ficando a vontade de viver a vida e todos os seus prazeres como uma característica sua, fato imperdoável aos padrões conservadores de Cícero. Inicialmente chegados tornaram-se adversários políticos, e entre poucas fontes históricas que se dispõe sobre ele parte delas foram feitas por Cícero. Depois de voltar para Roma (65 a. C) foi derrotado por Cícero nas eleições para cônsul (65-64 a. C.), mas ganhou o favor de algumas figuras importantes e caiu nas graças de uma parte da população devido à sua política populista, e começou a alistar seguidores (63 a. C.), principalmente escravos libertos, com vistas a uma insurreição para usurpar o poder e derrubar o senado. Sua defesa dos pobres e oprimidos teve forte apelo entre os descontentes de todo tipo. Perdeu novamente a eleição para Cônsul (63) e sob a pressão de Cícero o senado decreta uma lei dando poderes extraordinários ao cônsul para lidar com a ameaça. Cícero, então iniciou no Senado uma série de discursos de denúncia, que ficaram conhecidos pelo nome de catilinárias e começavam pela pergunta: Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência? Inclusive com Quosque tandem abutere Catilina patienta nostra?, um texto considerado uma obra-prima de retórica, convenceu o senado a ostracizar o desafeto. Assim o Senado decretou a lei marcial e ele fugiu para a Etrúria, atual região de Marselha, seguido de um exército de veteranos ex-combatentes partidários de Sula e um considerável numero de jovens romanos e escravos libertos. No ano seguinte recusou o exílio e partiu para uma guerra suicida contra Cícero, principalmente pela dedução de que seus generais eram despreparados e com pouco caráter e, portanto, comprometiam a revolução, além de um efetivo cerca de três vezes inferior. Ao tentar cruzar os Apeninos, em janeiro de (62 a. C.), morreu lutando bravamente, em Pistóia, em batalha com o exército da república.
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