A alternativa correta associada aos reservatórios do Trypanosoma cruzi é a letra d) O ambiente silvestre representa o ecossistema primário do T. cruzi, devido a sua movimentação entre os reservatórios naturais e triatomíneos, nos mais diversos ecótopos, tais como: copas e troncos de árvores que abrigam mamíferos, pedregais etc.
Resposta CORRETA: O ambiente silvestre representa o ecossistema primário do T. cruzi, devido a sua movimentação entre os reservatórios naturais e triatomíneos, nos mais diversos ecótopos, tais como: copas e troncos de árvores que abrigam mamíferos, pedregais etc. Primariamente, a infecção pelo T. cruzi é uma enzootia, circula em mais de 100 espécies de triatomíneos e centenas de espécies de mamíferos. A relação de coevolução entre T. cruzi, seus hospedeiros mamíferos e triatomíneos data de, aproximadamente, 5 milhões de anos. Os ciclos de transmissão desse parasito encontram-se presentes em todos os biomas do Brasil, nos mais diversos nichos ecológicos, contribuindo cada tipo de ecótopo com focos de transmissão que apresentam distintos e complexos perfis epidemiológicos. Resposta INCORRETA: No ambiente domiciliar, os cães, gatos, ratos domésticos e o homem não são importantes reservatórios da doença de Chagas. No ambiente doméstico, os principais reservatórios do T. cruzi são os cães, gatos, ratos domésticos e o próprio homem. Uma atenção especial deve ser dada a esses animais, pois animais domésticos de vida livre podem atuar como elo entre os ciclos de transmissão silvestre e domiciliar. Porém, cabe salientar que, assim como os animais silvestres, a importância dos animais domésticos como reservatórios também é variável no tempo e local. O monitoramento da presença de anticorpos específicos nos animais domésticos é uma das medidas utilizadas para sinalizar a ocorrência do ciclo de transmissão do T. cruzi nas proximidades dos seres humanos. Essa ação deve desencadear medidas mais específicas de sensibilização da população e dos profissionais de saúde quanto ao risco da ocorrência de novos casos de doença de Chagas. Resposta INCORRETA: Os reservatórios da doença de Chagas apresentam diferentes graus de gravidade quando infectados; a doença é mais benigna para os reservatórios domésticos e para o homem do que para os reservatórios silvestres. Os reservatórios da doença de Chagas apresentam, sim, diferentes graus de gravidade quando infectados. Os reservatórios silvestres possuem uma infecção mais benigna. Em reservatórios domésticos, principalmente em cães, pode haver o desenvolvimento de cardiopatias. Resposta INCORRETA: O fato de um animal ter uma sorologia reagente para T. cruzi significa que ele é necessariamente um risco à saúde humana e para outros animais. A transmissibilidade do T. cruzi, ou seja, o risco à saúde humana e de outros animais está relacionado, entre outros fatores, à presença significativa de parasitemia nos reservatórios. Essa condição expressa uma maior competência como reservatório do que aqueles animais cuja infecção é demonstrada somente pela presença de anticorpos específicos (sorologia reagente). Resposta INCORRETA: A compreensão do ciclo de transmissão do T. cruzi está intimamente desassociada dos aspectos ecológicos dos triatomíneos e sua relação com os diferentes grupos de animais. O T. cruzi possui um elevado sucesso adaptativo, apresentando grande heterogeneidade de comportamento biológico com capacidade de infectar e multiplicar-se em quase todos os tecidos de seus diversos hospedeiros. As interações parasito-hospedeiras estão relacionadas aos fatores inerentes aos hospedeiros, ao parasito e ao meio ambiente. Dessa forma, o perfil epidemiológico da transmissão do T. cruzi possui um caráter dinâmico e eclético, cujo envolvimento de uma ampla gama de mamíferos e insetos, nos mais diversos biomas e estratos florestais brasileiros, determina uma complexa e variável rede de transmissão. Portanto, ampliar a compreensão acerca dos aspectos relacionados à epidemiologia, ecologia e biologia dos triatomíneos, relacionados ao complexo ciclo de transmissão do T. cruzi, é essencial para determinar novas estratégias de vigilância e controle da doença de Chagas.
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