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Respostas
O processo de reparo tecidual envolve três fases principais: inflamação, proliferação e remodelação. 1. Fase de Inflamação: Essa fase tem início imediatamente após a lesão e dura aproximadamente quatro dias. Durante essa fase, ocorre a resposta inflamatória do organismo, com a liberação de citocinas inflamatórias e a manifestação de sinais flogísticos, como vermelhidão, calor, inchaço e dor. Nessa fase, há vasoconstrição inicial seguida de vasodilatação, permitindo o aumento do fluxo sanguíneo na área afetada. A inflamação é importante para a remoção de detritos celulares e a preparação do ambiente para a fase seguinte. 2. Fase de Proliferação: Essa fase tem início por volta do quarto dia após a lesão e pode durar até seis semanas. Durante essa fase, ocorre a remoção de restos celulares, o desenvolvimento da cicatriz e o reparo do tecido lesionado. Há intensa atividade de neoangiogênese, que é a formação de novos vasos sanguíneos, melhorando a vascularização do tecido. Além disso, há um aumento na atividade dos fibroblastos, que são células responsáveis pela produção de colágeno, uma proteína importante na formação da matriz extracelular. Nessa fase, os sinais flogísticos diminuem gradualmente. 3. Fase de Remodelação: Essa fase ocorre a partir de aproximadamente seis semanas após a lesão e pode se estender por até três anos. Durante essa fase, ocorre o alinhamento e a remodelação do colágeno, que passa de uma forma inicialmente mais frágil (colágeno tipo III) para uma forma mais resistente (colágeno tipo I). Isso permite que o tecido adquira uma função normal, devido à diminuição das forças de tensão. Nessa fase, a cicatriz se torna mais organizada e o tecido lesionado adquire características semelhantes ao tecido original. É importante ressaltar que o processo de cicatrização é contínuo e as fases podem se sobrepor. A fisioterapia desempenha um papel fundamental nesse processo, auxiliando na redução da inflamação, estimulando a regeneração tecidual e promovendo a recuperação funcional.
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