A) Quanto à estabilidade, é possível considerar que a nova Constituição deve ser classificada como rígida? Justifique. Sim, a nova Constituição pode ser considerada rígida. Isso ocorre porque, de acordo com o texto apresentado, para a produção, alteração e revogação de leis ordinárias, é necessária apenas a manifestação da maioria simples no Parlamento da República, em um único turno. No entanto, para as normas materialmente constitucionais, a manifestação do poder constituinte derivado reformador só será reconhecida se o processo de votação for aprovado pela maioria de 4/5 do total de membros do Parlamento da República, em votação a ser realizada em dois turnos. Essa exigência de maioria qualificada para alterações nas normas constitucionais demonstra a rigidez da nova Constituição. B) A nova Constituição deu origem ao fenômeno conhecido, no âmbito do direito constitucional intertemporal, como “desconstitucionalização”? Não, a nova Constituição não deu origem ao fenômeno da "desconstitucionalização". Pelo contrário, ao revogar integralmente as normas da Constituição anterior, a nova Constituição reafirma sua natureza constitucional e estabelece um novo ordenamento jurídico. A "desconstitucionalização" ocorreria se houvesse uma diminuição significativa do conteúdo constitucional, retirando direitos e garantias fundamentais ou enfraquecendo a proteção constitucional. No entanto, no caso apresentado, a nova Constituição substitui integralmente a anterior, mantendo a sua natureza constitucional.
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