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RAMA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS PENAIS Dentre as diversas construções sistemáticas acerca do conceito analítico de crime, despontam as seguintes: sis...

RAMA DOS PRINCIPAIS SISTEMAS PENAIS
Dentre as diversas construções sistemáticas acerca do conceito analítico
de crime, despontam as seguintes:
sistema clássico (ou sistema “Liszt/Beling/Radbruch”), que remonta ao
final do século XIX e início do século XX;
sistema neoclássico (corresponde ao anterior, acrescido da teoria de
Reinhard Frank e de Edmund Mezger), surgido em 1907;
sistema finalista, difundido a partir da década de 1930 (Hans Welzel);
sistema funcionalista, que se divide em: funcionalismo sistêmico ou
radical (Jakobs) e teleológico ou moderado (Roxin), dentro dos quais se
desenvolveu a (moderna) teoria da imputação objetiva.
SISTEMAS CLÁSSICO NEOCLÁSSICO FINALISTA FUNCIONALISTA PENAIS
PRECURSORES
Lizst,
Beling, Rad-
bruch
Frank, Mezger Welzel Roxin, Jakobs
PRINCIPAIS
TEORIAS
Teoria
causal ou
naturalista
da ação
Teoria
psicológica
da
culpabilidade
Teoria causal ou
naturalista da ação
Teoria normativa
da culpabilidade (ou
psi co lógico-
normativa)
Teoria finalista da
ação
Teoria normativa
pu ra da
culpabilidade
Teoria da imputação objetiva
Teoria funcionalista da
culpabilidade
CARACTE-
RÍSTICAS
LIGADAS À
ESTRUTURA
DO CRIME
Dolo e
culpa são
espécies de
culpabilidade
A culpabilidade
passa a ser
considerada um
juízo de reprovação
sobre o ato, mas
ainda contém dolo e
culpa
A culpabilidade
tor na-se
exclusivamente
normativa; dolo e
culpa passam a
integrar o fato
típico
A ação perde relevância como
elemento central da teoria do
crime, dando lugar à imputação; a
cul pabilidade é expandida para
uma noção mais abrangente (a de
responsabilidade)
" 12.3. SISTEMA CLÁSSICO
" 12.3.1. Origem e base filosófica
Denomina-se sistema clássico aquele resultante das lições de Franz von
Liszt e Ernest Beling, com contribuições de Güstav Radbruch.
Sua origem remonta ao final do século XIX, quando da publicação do
Tratado de Von Liszt. Representou uma verdadeira revolução, tanto na
abordagem científica do Direito Penal quanto na preocupação com a
construção de uma sólida teoria do delito.
A estrutura do crime, apresentada pelo citado autor de modo claro,
didático e sistematicamente estruturado, produziu enormes avanços no
campo dogmático. Atribui-se a esta fase, por exemplo, o mérito de fulminar
a responsabilidade penal objetiva, visto que o dolo e a culpa foram erigidos
a elementos essenciais do crime (como espécies de culpabilidade), sem os
quais ele não existe.
O sistema clássico sofreu grande influência, em suas bases filosóficas, do
positivismo científico (final do século XIX), almejando-se submeter a
ciência do Direito ao ideal de exatidão das ciências naturais. Os cientistas
encontravam-se, com efeito, deslumbrados com os avanços da Biologia, da
Medicina, da Física etc. Procuraram, então, utilizar-se dos mesmos
métodos, notadamente em matéria jurídico-penal. Por esse motivo, o
sistema em questão buscava empregar dados da realidade mensuráveis e
empiricamente comprováveis288.
" 12.3.2. Principais teorias
O sistema clássico incorporou duas importantes teorias:
teoria causal ou naturalista da ação (ação como inervação muscular,
produzida por energias de um impulso cerebral, que provoca
modificações no mundo exterior);
teoria psicológica da culpabilidade (culpabilidade como vínculo
psicológico que une o autor ao fato, por meio do dolo ou da culpa).
Para os penalistas clássicos, o crime continha dois aspectos, a saber, um
objetivo, composto pelo fato típico (ação + tipicidade) e pela
antijuridicidade, e outro subjetivo, integrado pela culpabilidade.
O fato típico continha os seguintes elementos: ação289 e tipicidade. Em
determinados delitos (crimes materiais), agregavam-se também o resultado
(naturalístico ou material, isto é, a modificação causal no mundo exterior
provocada pela conduta) e o nexo de causalidade (orientado segundo a
teoria da equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non).
A antijuridicidade apresentava-se como consequência inerente à
tipicidade. O fato típico presumia-se ant

O sistema clássico é resultante das lições de Franz von Liszt e Ernest Beling, com contribuições de Güstav Radbruch.
O sistema clássico é uma construção sistemática acerca do conceito analítico de crime.
O sistema clássico incorporou a teoria causal ou naturalista da ação e a teoria psicológica da culpabilidade.
O sistema clássico sofreu grande influência, em suas bases filosóficas, do positivismo científico.
Para os penalistas clássicos, o crime continha dois aspectos, um objetivo e outro subjetivo.
a) Todas as afirmativas estão corretas.
b) Apenas as afirmativas 1, 2 e 3 estão corretas.
c) Apenas as afirmativas 2, 3 e 4 estão corretas.
d) Apenas as afirmativas 3, 4 e 5 estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão incorretas.

Respostas

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A alternativa correta é a letra C) Apenas as afirmativas 2, 3 e 4 estão corretas.

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