No período do chamado "milagre econômico" (1968 a 1974), a economia do Brasil cresceu a uma taxa média de 10% ao ano, encerrando-se com o recrudescimento da inflação, a crise internacional do petróleo e a consequente redução da oferta de capitais externos. Neste contexto, as cidades foram espaços privilegiados desse modelo, que se alicerçou na exploração do trabalho e na concentração de renda. (PAZ e TABOADA, 2010). Porém, para a classe trabalhadora não houve "milagre" e nem desenvolvimento econômico, mas sim, um processo de:

a.

Redução dos níveis de pobreza urbana, diminuindo o número de favelas e loteamentos irregulares e a ampliação dos investimentos públicos em saneamento básico.

b.

Aumento salarial, estabilidade no emprego e liberdade para organizar movimentos sociais e partidos políticos.

c.

Arrocho salarial, aumento da exploração da força de trabalho e perda de direitos historicamente conquistados pela classe trabalhadora.

d.

Ampliação das políticas públicas para a população de baixa renda e diminuição da exploração da força de trabalho.

e.

Diminuição da violência urbana e ampliação de recursos públicos voltados para a área habitacional.