3- Considere a seguinte situação hipotética e responda a questão a seguir: “Moana da Silva trabalha na empresa MOTONUI LTDA, contudo encontra-se se...

O pedido a ser formulado para atender o desejo de Moana seria a rescisão indireta do contrato de trabalho, com base no artigo 483 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Esse dispositivo prevê que o empregado pode considerar rescindido o contrato de trabalho quando o empregador não cumprir as obrigações do contrato, tais como o pagamento de salário e o recolhimento do FGTS. A rescisão indireta é uma forma de rescisão do contrato de trabalho por culpa do empregador, e tem os mesmos efeitos da dispensa sem justa causa, como o direito ao aviso prévio, ao 13º salário, às férias proporcionais e ao saque do FGTS com multa de 40%. Para ajuizar a medida judicial cabível, seria necessário ingressar com uma reclamação trabalhista, pleiteando a rescisão indireta do contrato de trabalho, bem como o pagamento das verbas rescisórias e indenizações cabíveis.

Com base na situação hipotética apresentada, Moana da Silva pode formular o pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho, também conhecida como "justa causa do empregador". A rescisão indireta ocorre quando o empregador comete uma falta grave prevista em lei, tornando impossível a continuidade da relação de trabalho.

No caso em questão, a falta grave cometida pelo empregador é a falta de pagamento do salário por 4 meses consecutivos e a falta de recolhimento do FGTS por 6 meses. Essas situações configuram descumprimento de obrigações essenciais do contrato de trabalho, afetando diretamente os direitos do trabalhador.

O dispositivo legal aplicável para embasar o pedido de rescisão indireta é o artigo 483, alínea "d", da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que estabelece:

"Art. 483. O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:

d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato."

Assim, Moana poderia formular o pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho, com base no artigo 483, alínea "d" da CLT, alegando as faltas graves do empregador em relação ao não pagamento do salário e ao não recolhimento do FGTS, solicitando a rescisão do contrato de trabalho e o pagamento das verbas rescisórias devidas, tais como aviso prévio, férias proporcionais, 13º salário proporcional, saldo de salário não pago, entre outros direitos trabalhistas.