Hannah Arendt definiu o totalitarismo como uma "nova forma de governo" em seu livro "Origens do Totalitarismo", de 1949. Ela argumentou que o totalitarismo foi possibilitado pelo advento da modernidade. Arendt considerou tanto o stalinismo quanto o nazismo como exemplos de regimes totalitários. A autora justificou essa tese com base em alguns argumentos. Primeiramente, ela destacou a ideia de que o totalitarismo busca o controle total sobre a sociedade, não apenas no âmbito político, mas também na esfera social, cultural e até mesmo psicológica. Esses regimes buscam moldar a mente e a vida dos indivíduos de acordo com uma ideologia dominante. Além disso, Arendt ressaltou que o totalitarismo se baseia em um sistema de terror e violência, no qual o Estado exerce um controle absoluto sobre a população, reprimindo qualquer forma de oposição ou dissidência. O uso sistemático do medo e da propaganda é uma característica marcante desses regimes. Outro ponto abordado por Arendt é a destruição das instituições democráticas e a supressão dos direitos individuais. No totalitarismo, as liberdades civis são anuladas, e o Estado exerce um poder ilimitado sobre os cidadãos. Arendt também destacou a importância da ideologia como elemento central do totalitarismo. Esses regimes se baseiam em uma ideologia totalizante, que busca controlar todos os aspectos da vida e impor uma visão de mundo única e absoluta. Em resumo, Hannah Arendt argumentou que o totalitarismo é uma forma de governo caracterizada pelo controle totalitário sobre a sociedade, pela violência sistemática, pela supressão das liberdades individuais e pela imposição de uma ideologia dominante. Tanto o stalinismo quanto o nazismo são considerados exemplos desse tipo de regime, de acordo com a autora.
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