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Questão 1 O Sra. Francine, dona tradicional restaurante no centro da cidade, decide consultá-lo como advogado. Francine relata que um determinado ...

Questão 1

O Sra. Francine, dona tradicional restaurante no centro da cidade, decide consultá-lo como advogado. Francine relata que um determinado fiscal de vigilância sanitária do Estado, ao executar uma operação de fiscalização em alguns restaurantes, acabou por destruir todo o seu estoque de alimentos refrigerados, sob a justificativa de que a marca de refrigerador utilizada não era de primeira linha, ainda que Francine demonstrasse que os alimentos estavam refrigerados. Francine, inconformada, procura um advogado, perguntando se não haveria a necessidade de ordem judicial para a destruição dos alimentos e buscando possíveis medidas judiciais em face do Estado, em virtude dos prejuízos sofridos. Francine ainda alega que o referido fiscal é casado com uma senhora que tem um restaurante próximo ao dela e que nunca sofre qualquer tipo de fiscalização. Responda:

a) A qual poder da Administração Pública o exercício se refere?

a) Caso o refrigerador não estivesse funcionando, apresentando risco à saúde dos consumidores, o Poder Público precisaria de uma ordem judicial para destruir os alimentos? Explique.

b) No caso em tela, teria o fiscal extrapolado os limites de sua atuação em sua conduta? Explique.

Texto de resposta

a) O exercício se refere ao poder de polícia da Administração Pública. b) Se o refrigerador não estiver funcionando e apresentar risco à saúde dos consumidores, o Poder Público não precisaria necessariamente de uma ordem judicial para destruir os alimentos. O poder de polícia confere à Administração Pública a competência para adotar as medidas necessárias para proteger a saúde pública e garantir a segurança dos consumidores. No entanto, a destruição dos alimentos deve ser fundamentada em critérios técnicos e razoáveis, com base em normas sanitárias e regulamentos cumpridos.


b) Embora o poder de polícia permita a adoção de medidas sem a necessidade de intervenção judicial, é importante ressaltar que sua atuação deve sempre respeitar o interesse público. No caso apresentado, se for comprovado que o fiscal agiu de maneira discriminatória, destruindo os alimentos de forma injustificada com base em critérios pessoais ou por interesses particulares, sua conduta poderia ser enquadrada como desvio de poder. O desvio de poder ocorre quando um agente público utiliza suas atribuições de forma inadequada, contrariando o interesse público e favorecendo interesses próprios ou de terceiros. Nesse contexto, Francine poderia buscar medidas judiciais para contestar essa conduta abusiva e buscar a devida reparação pelos prejuízos sofridos, amparando-se no princípio da legalidade e na necessidade de atuação imparcial e voltada ao interesse coletivo por parte dos agentes públicos.


Essa pergunta também está no material:

Direito Administrativo: Poder de Polícia, Revogação de Atos e Princípio da Autotutela
5 pág.

Direito Administrativo I FMU COMPLEXO EDUCACIONALFMU COMPLEXO EDUCACIONAL

💡 1 Resposta

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Questão 1: a) O exercício se refere ao poder de polícia da Administração Pública. b) Se o refrigerador não estiver funcionando e apresentar risco à saúde dos consumidores, o Poder Público não precisaria necessariamente de uma ordem judicial para destruir os alimentos. O poder de polícia confere à Administração Pública a competência para adotar as medidas necessárias para proteger a saúde pública e garantir a segurança dos consumidores. No entanto, a destruição dos alimentos deve ser fundamentada em critérios técnicos e razoáveis, com base em normas sanitárias e regulamentos cumpridos. c) Embora o poder de polícia permita a adoção de medidas sem a necessidade de intervenção judicial, é importante ressaltar que sua atuação deve sempre respeitar o interesse público. No caso apresentado, se for comprovado que o fiscal agiu de maneira discriminatória, destruindo os alimentos de forma injustificada com base em critérios pessoais ou por interesses particulares, sua conduta poderia ser enquadrada como desvio de poder. O desvio de poder ocorre quando um agente público utiliza suas atribuições de forma inadequada, contrariando o interesse público e favorecendo interesses próprios ou de terceiros. Nesse contexto, Francine poderia buscar medidas judiciais para contestar essa conduta abusiva e buscar a devida reparação pelos prejuízos sofridos, amparando-se no princípio da legalidade e na necessidade de atuação imparcial e voltada ao interesse coletivo por parte dos agentes públicos.

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