O projeto nacional de branqueamento foi uma política adotada no Brasil durante o século XIX e início do século XX, que buscava promover a miscigenação entre brancos e não-brancos, visando "clarear" a população brasileira. Essa política tinha como base a ideia de que a miscigenação levaria ao desaparecimento gradual das características físicas consideradas indesejáveis, como a cor da pele e traços negroides. Os reflexos desse projeto ainda podem ser observados na sociedade atual, principalmente no que diz respeito às desigualdades raciais e ao racismo estrutural. A ideia de que a pele branca é superior e desejável ainda persiste em muitos setores da sociedade, o que resulta em discriminação e exclusão de pessoas negras. Além disso, o projeto de branqueamento também influenciou a construção de uma identidade nacional baseada em uma suposta "democracia racial", que nega a existência do racismo no Brasil. Essa visão distorcida da realidade contribui para a perpetuação das desigualdades e dificulta a implementação de políticas efetivas de combate ao racismo. Portanto, os reflexos do projeto nacional de branqueamento são evidentes até hoje, e é fundamental reconhecer e enfrentar essas questões para construir uma sociedade mais justa e igualitária.
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Relações Étnico-raciais e Afrodescendência
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