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TRABALHO DISCENTE EFETIVO 4 DE DIREITO DAS SUCESSÕES Professora: Fernanda Pinheiro Aluna: Luísa Fiori Felippe DO INVENTÁRIO JUDICIAL O inventário n...

TRABALHO DISCENTE EFETIVO 4 DE DIREITO DAS SUCESSÕES
Professora: Fernanda Pinheiro
Aluna: Luísa Fiori Felippe
DO INVENTÁRIO JUDICIAL
O inventário nada mais é que o processo judicial em que se realiza a relação, descrição, catalogação, avaliação e liquidação de todos os bens deixados pelo autor da sucessão a fim de distribuí-los entre os sucessores1.
Nos termos do doutrinador Carlos Roberto Gonçalves, o inventário, no sentido estrito, é o rol de haveres e responsabilidades patrimoniais de um indivíduo.
É neste momento em que além de apurar o patrimônio do de cujus, serão pagos impostos, despesas judiciais, os legados e dívidas passivas já reconhecidas pelos herdeiros.
Dentro da sucessão do autor, existem bens que são os bens que não são passíveis de serem inventariados2:
i. Os depósitos de pequenos valores, como pequenas quantias de saldo bancário e investimentos, FGTS, PIS/PASEP, além de cadernetas de poupança e títulos não recebidos, podem ser levantados administrativamente pelos herdeiros mediante alvará judicial;
ii. Os bens que já estiverem em posse de algum dos herdeiros ou terceiro, desde que já expirado o prazo para a consumação da usucapião em favor dos possuidores;
iii. O bem de família convencional não estará sujeito ao inventário ou à partilha enquanto nele residir o cônjuge sobrevivente ou filho menor de idade;
iv. Nos termos do art. 551, CC, os bens doados a marido e mulher, bem como valores depositados em contas conjuntas. Este é o entendimento do STF, que estabeleceu que na hipótese do falecimento de um dos titulares da conta, o outro poderá “levantar o depósito a título de credor exclusivo e direto e não a título de sucessor e comproprietário”. Veja-se:
2 Idem.
1 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, v. 7: direito das sucessões. 17. São Paulo: Saraiva Jur, 2023 Depósito bancário. Conjunto. Falecimento de um dos correntistas. Levantamento do saldo pelo sobrevivente. Direito. Aplicação do artigo 898 do Código Civil (de 1916). Nas contas conjuntas que os bancos abrem a duas ou mais pessoas, falecendo uma delas, pode a outra ou uma das outras, levantar o depósito a título de credor exclusivo direto e não a título de sucessor e comproprietário” (STF, RE 16.736-SP, 2ª T., rel. Min. Edgard Costa, j. 21-11-1950, DJU, 12-8-1952, v. u.)
Acerca deste tema, cabe ainda a análise do art. 48, do CPC, que trata da jurisdição competente para abrir a sucessão, sendo a do último domicílio do autor da herança. A mudança trazida pelo CPC/15 se deu pelo reconhecimento da contenciosidade do processo do inventário, em que é possível a litigância entre os herdeiros em razão da sucessão.
Estabelece-se, ainda, que o prazo de abertura do inventário deve ser de até 60 dias após a abertura da sucessão, conforme previsto pelo art. 1.796, CC. O Código Civil não prevê uma data para o encerramento do inventário, contudo, o Código de Processo Civil, no art. 611, acaba por complementar o artigo retro citado, de modo a convencionar como prazo final, os 12 meses subsequentes, passíveis de prorrogação pelo juiz, mediante ofício ou requerimento da parte.
Ainda sobre o tema do inventário, verificam-se as três espécies de inventário judicial definidas pelo CPC, entre os artigos 610 e 6673:
i. A primeira espécie é o rito tradicional e solene, que possui aplicação residual e contempla os artigos 610 a 658, CPC;
ii. A segunda é o arrolamento sumário, que poderá abranger bens de qualquer valor desde que todos os herdeiros sejam capazes e concordarem com a partilha, assim, o juiz poderá homologar a partilha assim que quitados os tributos aplicáveis. Aqui, é aplicável também ao pedido de adjudicação na hipótese de haver um único herdeiro, como verificado nos termos do §1° do art. 659, CPC;
iii. A terceira hipótese é o arrolamento comum, que aplica-se quando os bens do espólio possuam valor igual ou superior a 1.000 salários mínimos, conforme art. 664, CPC.
3 Idem. Por fim, há de se falar de uma forma de inventário não prevista no ordenamento: o inventário negativo4. Nesta hipó


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11 pág.

Direito de Família e Sucessões Humanas / SociaisHumanas / Sociais

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