A teoria psicodinâmica fornece insights valiosos para compreendermos a feminilidade primária e a formação da identidade de gênero. A partir da pers...
A teoria psicodinâmica fornece insights valiosos para compreendermos a feminilidade primária e a formação da identidade de gênero. A partir da perspectiva freudiana, a união primordial com a mãe desempenha um papel crucial na formação do eu, mas essa união nem sempre é perfeita. Stoller, ao trabalhar com pacientes transexuais, observou um padrão comum nas histórias desses indivíduos e suas mães. Ele identificou que mães que nunca haviam experimentado muita gratificação emocional em suas vidas ficaram encantadas com a gravidez e o filho transexual. Essas mães construíam uma espécie de cápsula para elas e seus bebês, e o menino transexual ficava amalgamado à mãe, o que determinava sua identidade nuclear de gênero. Essa ideia de uma feminilidade natural, sem 'trejeitos caricatos', em contraste com alguns estereótipos associados a homossexuais masculinos, é intrigante. No caso das meninas, o excesso de amor nessa fase pode dificultar o desenvolvimento de sua própria personalidade e feminilidade. Em alguns casos, a menina pode até abdicar de sua feminilidade em favor da mãe, especialmente se o pai é desqualificado pela mãe para ocupar seu lugar na dinâmica familiar. Por outro lado, mães ambivalentes ou pouco amorosas podem interditar a expressão saudável da homossexualidade nessa fase. O texto também aborda o desenvolvimento do ego e a importância do conhecimento e reconhecimento do corpo. O ego corporal, especialmente na infância, está ancorado no corpo físico e no conhecimento das sensações e limites corporais. Aqui, Stoller destaca as sensações genitais, levantando a discussão sobre o conhecimento precoce
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