“O Brasil acabara de conquistar seu primeiro mundial de futebol quando essa cirurgiã-dentista teve, no frescor de seus 28 anos, a ideia que viria m...

“O Brasil acabara de conquistar seu primeiro mundial de futebol quando essa cirurgiã-dentista teve, no frescor de seus 28 anos, a ideia que viria marcar sua vida. Uma trivial pia entupida foi a fagulha que despertou o fogo de seu espírito inovador. Beatriz – ela prefere usar o segundo nome – notou que, ao derramar pela peneira a água onde lavara o arroz, vários grãos se perdiam pelo ralo. A mecânica da operação era canhestra – numa mão, a bacia, na outra, a peneira. Numa dessas, veio o estalo: por que não criar um único utensílio capaz de dar conta dos dois processos? Não estivesse tão desvalorizada pela inflação do uso, seria o caso de empregar aqui a palavra epifania. Era espantoso que ninguém tivesse pensado nisso antes”.

O arroz, originário da Ásia, foi trazido para o Brasil pelos portugueses e adaptado a nossa cultura de forma própria e diferente de seu local de origem. A partir deste contexto e de acordo com os seus estudos sobre transculturação (rota 4), é possível afirmar que:

A) Com a globalização cultural, as empresas perceberam que não há resistência, muito menos a adaptação do design ao contexto local.

B) A transculturação é um fenômeno que só ocorre entre nações diferentes, principalmente entre as maiores distâncias geográficas

C) No início a globalização foi um processo unidirecional, em que a cultura material foi transmitida dos países de menor desenvolvimento para os mais desenvolvidos.

D) Na transculturação ocorre a apropriação de elementos externos à cultura mediante as alterações (adaptações) ao contexto cultural local.

E) Na transculturação de abordagem reativa, o designer projeta antes da ocorrência das manifestações culturais.