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CADERNO DE QUESTÕES: DIREITO DE FAMÍLIA FILIAÇÃO 1. Joaquim, de 5 anos, propôs em 2021, representado por sua mãe, uma Ação de Investigação de Pat...

CADERNO DE QUESTÕES: DIREITO DE FAMÍLIA

FILIAÇÃO

1. Joaquim, de 5 anos, propôs em 2021, representado por sua mãe, uma Ação de Investigação de Paternidade contra Márcio. O juiz aplicou o art. 695 e 696 do CPC. Na audiência, o Réu (Márcio) se recusou a celebrar acordo, pois, em ação anterior, ajuizada em 2019 e definitivamente encerrada, da mesma natureza e mesmas partes, havia sido julgado improcedente o pedido, pois não fora provada a paternidade de Márcio. Na audiência desta segunda ação, o Ministério Público lembrou que naquela ação anterior não havia sido realizado um exame de DNA, já que o Autor não o requerera. O juiz apresentou o mesmo argumento e perguntou ao Réu se não seria o caso de um aceitar um acordo. O Réu, entretanto, se manteve irredutível e recusou todas as propostas de transação, e também não aceitou se submeter a um exame de DNA. Em seguida, no momento processual próprio, o Réu contestou o pedido integralmente. Em sua Contestação, ele arguiu, como preliminar, a coisa julgada constituída na demanda anterior. Em Réplica, o Autor alegou que o Réu, na primeira ação, o Réu não foi submetido a exame de DNA. Após essa Réplica, o juiz abriu prazo para as partes requererem provas. O Réu nada pleiteou; por sua vez, o Autor requereu a produção de prova pericial consistente no exame de DNA das partes e se dispôs a pagar por ele. Em seguida, o juiz entendeu que havia coisa julgada em favor do Réu e, consequentemente, indeferiu o pedido de exame e julgou improcedente o pedido do Autor formulado na inicial, extinguindo o processo. Explique ao Autor o que deve ser feito para que o pedido seja acatado e qual o fundamento desse seu parecer.

O STJ entende que a coisa julgada pode ser relativizada caso o processo anterior não tenha sido instruído com um exame de DNA. Isso, segundo o STJ, têm relação com a busca pela verdade e o atendimento aos interesses da criança e seu direito de descobrir quem é seu verdadeiro pai. Assim, com base neste entendimento, é possível a interposição de um recurso de apelação, buscando a reforma da sentença. Como houve recusa do Réu em fazer o exame de DNA, presume-se que ele é o pai da criança (Súmula 301, STJ), de forma que a reforma implicaria em automático reconhecimento da paternidade do Réu e em sua consequente obrigação de prestar alimentos1.


Essa pergunta também está no material:

QUESTÕES DIREITO DE FAMÍLIA - FILIAÇÃO
12 pág.

Direito de Família e Sucessões Humanas / SociaisHumanas / Sociais

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Com base no entendimento do STJ de que a coisa julgada pode ser relativizada caso o processo anterior não tenha sido instruído com um exame de DNA, é possível interpor um recurso de apelação buscando a reforma da sentença. A recusa do réu em fazer o exame de DNA presume-se que ele é o pai da criança, de acordo com a Súmula 301 do STJ. Assim, a reforma da sentença implicaria no reconhecimento automático da paternidade do réu e em sua consequente obrigação de prestar alimentos.

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