Os tipos de potencial de ação do músculo liso são o potencial em ponta (ou espícula) e o potencial de ação com platôs. O potencial em ponta ocorre na maioria dos tipos de músculo liso unitário e tem uma duração de 10 a 50 milissegundos. Pode ser desencadeado por estimulação elétrica, ação de hormônios, substâncias transmissoras das fibras nervosas, estiramento ou geração espontânea na própria fibra muscular. Já o potencial de ação com platôs tem um início semelhante ao potencial em ponta, mas a repolarização é retardada por várias centenas a até 1.000 milissegundos. Isso ocorre devido à saída de potássio e entrada de cálcio, mantendo o potencial constante. Os canais lentos de cálcio são responsáveis por essa característica. O platô prolongado desse potencial está associado à contração prolongada em certos tipos de músculo liso, como o ureter, útero e músculo liso vascular. O fluxo iônico no músculo liso é principalmente de íons cálcio para o interior da fibra, devido à presença de canais de cálcio controlados por voltagem. Esses canais abrem mais lentamente e permanecem abertos por mais tempo do que os canais de sódio, contribuindo para o platô prolongado do potencial de ação em algumas fibras musculares lisas. O íon cálcio age diretamente no mecanismo contrátil do músculo liso, desencadeando a contração. As ondas marcapasso são potenciais de ação que se originam nas próprias células musculares lisas, sem estímulo extrínseco. Esses potenciais estão associados a um ritmo em onda lenta do potencial de membrana, que é uma propriedade local das fibras musculares lisas. Quando o pico do potencial de onda negativo dentro da face interna da membrana celular aumenta, o potencial de ação se desenvolve e se propaga pela massa muscular, desencadeando a contração rítmica. Essas sequências repetitivas de potenciais de ação são chamadas de ondas marcapasso.
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