A ditadura civil-militar de 1964, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a Guerra Fria estão relacionados de diversas maneiras. Durante a Guerra Fria, o mundo estava dividido entre dois blocos, liderados pelos Estados Unidos e pela União Soviética, respectivamente. Os EUA tinham interesse em conter a expansão do comunismo e, por isso, apoiaram regimes autoritários em vários países, incluindo o Brasil. No contexto brasileiro, a ditadura civil-militar de 1964 foi resultado de um golpe que derrubou o governo democraticamente eleito. Os militares que assumiram o poder buscaram apoio econômico e político para consolidar seu regime. Nesse sentido, o FMI desempenhou um papel importante ao fornecer suporte econômico ao governo militar brasileiro. O Brasil, na época, estava passando por um período de crescimento econômico conhecido como "milagre econômico". Para manter esse crescimento, o governo militar recorreu a empréstimos do FMI, que ajudaram a financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento. Essa dependência do FMI também influenciou a política externa brasileira, uma vez que o país buscava manter boas relações com os Estados Unidos, que exerciam influência sobre o Fundo. Além disso, as negociações do governo brasileiro com a União Soviética, intermediadas pelo FMI, chamaram a atenção dos EUA. Isso contribuiu para que os Estados Unidos apoiassem a articulação do golpe civil-militar de 1964, temendo que o Brasil se alinhasse à URSS. Portanto, a relação entre a ditadura, o FMI e a Guerra Fria está ligada aos interesses geopolíticos da época e às estratégias de contenção do comunismo por parte dos Estados Unidos.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Formação Econômica do Brasil Contemporâneo
Formação Econômica do Brasil Contemporâneo
•UNIP
Compartilhar