A professora Rosa Margarida de Carvalho Rocha, na entrevista ao podcast Educação e Relações Étnico-raciais, traz para a conversa a questão da forma...

A professora Rosa Margarida de Carvalho Rocha, na entrevista ao podcast Educação e Relações Étnico-raciais, traz para a conversa a questão da formação dos professores, elucidando que: (valor: 1,0) a. É impossível para a escola promover uma educação antirracista, que desconstrói estereótipos racistas, pois a falta de possibilidades práticas de ações e de materiais que tratam sobre o tema dificultam de forma significativa a construção de uma escola acolhedora e que cumpra as leis 10639/03 e 11645/08. b. Se faz necessário também nas práticas pedagógicas, inspirar-se no movimento Sankofa que remete à ideia de se fazer um movimento de voltar atrás, buscar o que foi esquecido e trazer para o presente, ressignificando conceitos e preconceitos, no sentido de construir uma consciência reparativa em relação ao povo negro. c. O lançamento da Lei 10.639/03 provoca um repensar das questões referentes à história brasileira e a presença dos povos africanos na sua construção, coloca o protagonismo negro em evidência. E, felizmente, nesses vinte anos da lei podemos considerar que temos um total consolidação da legislação, pois os professores possuem formação adequada para trazer ao ambiente escolar todos os debates necessários para que se faça a reparação das injustiças sofridas pela população negra durante no período da escravidão e no pós abolição. d. É preciso rever conceitos e preconceitos impregnados nos profissionais da educação quando se trata de questões raciais, pois a educação reflete o que está posto na sociedade brasileira. Ou seja, supervaloriza os conhecimentos historicamente construídos pelos povos africanos trazidos ao Brasil a partir do século XVI.