Novos casos de gonorreias resistentes a antibioticoterapia, fruto dos mecanismos de adaptação da bactéria, vêm sendo reportados ao redor do mundo. A resistência bacteriana em doenças infecciosas em geral é um grave problema de saúde pública, causando um aumento no tempo de internação, dos custos do tratamento e das taxas de morbidade e mortalidade em indivíduos afetados.
Nesse contexto, o setor de microbiologia do laboratório de análises clínicas cumpre um papel fundamental no combate a esse problema. O cultivo, isolamento, identificação e aplicação de testes de sensibilidade bacteriana em relação a diferentes antibióticos são importantes ferramentas utilizadas pelo laboratório. No entanto, para que o resultado das análises seja confiável, condições e diretrizes devem ser implementadas e respeitadas.
O correto diagnóstico da gonorreia é essencial no controle da doença e na qualidade de vida do indivíduo infectado. Métodos de esfregaço em lâmina para microscopia preparados com coloração de Gram e posterior visualização de diplococos em fluidos podem ser empregados. Entretanto, o “padrão ouro” para a identificação da Neisseria gonorrhoeae continua sendo ocultivo do microrganismo em meio específico. No entanto, o resultado só pode ser considerado confiável em condições laboratoriais controladas.
A partir disso, analise a seguinte situação:
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1) Desde a coleta, amostras de N. gonorrhoeae devem ser armazenadas em temperatura controlada, pois essas bactérias são sensíveis a variações de temperatura acima de 37 °C ou abaixo de 35 °C.
2) O problema é a ausência do NAD. Esta molécula é uma coenzima que funciona como carreador de elétrons em reações metabólicas, portanto, tem importante função na produção de energia para a célula, justificando a sua suplementação no meio de cultura.
3) Mudanças na concentração de CO2 no ambiente podem alterar o pH do meio. Para que os gonococos cresçam, é recomendado um ambiente com CO2 a 5% para que a cultura atinja o pH correto e a osmolaridade das células seja mantida.
4) O profissional deveria utilizar o meio seletivo Thayer Martin modificado (TMM) para melhor isolar N. gonorrhoeae nessas amostras. O TMM é capaz de inibir o crescimento de possíveis contaminantes, como enterobactérias, espécies saprófitas de Neisseria e fungos. Portanto, qualquer um destes itens poderia influenciar no crescimento bacteriano, explicando a grande quantidade de resultados falso-negativos liberados pelo laboratório.
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