Os princípios da publicidade, da busca da verdade e da inadmissibilidade de provas ilícitas são outros três princípios do direito processual penal ...

A alternativa correta é:

b. Afirmações II e III.

Justificativa:

I. O princípio da publicidade, embora seja importante para a transparência e accountability do sistema de justiça, não é estritamente verdadeiro que o processo penal nunca possa ser sigiloso. Há casos em que o sigilo é permitido, como em situações que envolvem segredo de justiça para proteção de interesses da vítima, testemunhas ou do próprio acusado.

II. A afirmação está correta. O princípio da busca da verdade não significa necessariamente que o magistrado deve desempenhar um papel ativo na busca da verdade a qualquer custo. Pelo contrário, o magistrado deve agir como um árbitro imparcial, aplicando as regras do processo penal e assegurando que as provas sejam apresentadas e analisadas de acordo com o devido processo legal.

III. A afirmação está correta. Tanto a Constituição Federal quanto o Código de Processo Penal brasileiro estabelecem expressamente a inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos. No entanto, é importante ressaltar que a doutrina e a jurisprudência têm discutido sobre a possibilidade de flexibilização desse princípio em certos casos, como quando a exclusão da prova ilícita resultaria em impunidade.

Portanto, a alternativa correta é a b. Afirmações II e III.

A alternativa correta é a letra d. Afirmações I e III.

Afirmação II.

O princípio da publicidade tem um papel extremamente importante de permitir o controle e a fiscalização dos atos e decisões do Poder Judiciário por toda a sociedade. Porém, admite-se em caráter excepcional o sigilo do processo ou de atos processuais para a proteção da intimidade ou do interesse social de acesso à informação. A verdade absoluta, conceituada como aquela que corresponde exatamente ao que aconteceu faticamente, é um ideal que muitos autores destacam que deve ser perseguido no processo penal, apesar de considerarem que essa reprodução perfeita é impossível, pois envolve argumentos e a própria interpretação da provas produzidas, havendo, com isso, elementos subjetivos inerentes ao convencimento no processo penal. A Constituição Federal e o Código de Processo Penal rechaçam expressamente a admissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos. Porém, por aplicação do princípio da proporcionalidade e observando, muitas vezes, a relevância das provas, em especial quando favorecem o réu, existem concepções doutrinárias e jurisprudenciais que defendem a admissibilidade da prova ilícita em casos específicos a partir da ponderação do direito a que se pretende preservar.