Segundo o autor acima citado, o processo de aprendizagem ocorre a partir de experiências que podem ser organizadas nesses cinco níveis de crescente...

Segundo o autor acima citado, o processo de aprendizagem ocorre a partir de experiências que podem ser organizadas nesses cinco níveis de crescentes graus de complexidade, já comentados (Sensação, Percepção, Formação de Imagens, Simbolização e Conceituação) e a possibilidade da vivência de cada uma dessas experiências está atrelada à pré-existência do nível anterior, revelando-se, assim, seu caráter hierárquico. Encontramos então uma explicação cientifica mais convincente de como as crianças adquirem conceitos numéricos. Ela mostra que basicamente o conceito lógico-matemático, é construído em cada criança de dentro para fora, na interação com o ambiente, isto é o conceito é adquirido através da internalização e não no social. (...) o professor precisa estar ciente de que algumas crianças formam conceitos espontaneamente quando adquirem a facilidade verbal necessária. Por outro lado, muitas precisam ser ajudadas a aprender a generalizar e categorizar. Frequentemente, essas crianças têm dificuldades com os significados múltiplos de uma palavra, com provérbios e metáforas (JOHNSON; MYKLEBUST, 1987, p.78). Para Ramos (2009), a construção dos números precisa ser favorecida por um trabalho envolvendo a classificação e a seriedade de objetos. A matemática nas escolas tornou-se mecânica, os professores têm a preocupação de passar os conteúdos para vencer os livros ou apostilas e para que seus alunos tenham um bom resultado final, mas não parecem preocupados se realmente a aprendizagem está acontecendo. Podemos dizer que aprendem para passar de ano, ou passar no vestibular, depois isso já não lhe importam mais. E sem falar, que muitas vezes a matemática tem contribuído para o insucesso dos aprendizes fazendo com que gere uma desmotivação escolar por conta de não conseguir acompanhar a aprendizagem padronizada. Ao pensar sobre o como ensinar a matemática e qual a melhor maneira, temos que pensar que a melhor forma é aquela no qual incentivamos os nossos alunos a pensar e raciocinar, ao invés de apenas imitar. Para isso a melhor forma é colocar a matemática no seu dia a dia, fazer com que os alunos vejam a necessidade de usá-la, entendam o porquê é importante aprender aquele conteúdo que está sendo aprendido e para isso o melhor é criar um espaço de experiência e criação, em que eles percebam o quanto a matemática está presente em tudo nas suas vidas. A linguagem utilizada tem que ser a mesma linguagem usada pelo aprendiz em seu dia a dia e com isso acompanhar seu progresso, sempre fazendo com que busque seu próprio conhecimento. Algumas vezes, encontramos adolescentes já no fundamental 2 e que não sabem explicar por que temos que subir um número na adição. Pegar um número emprestado na subtração. Isso demonstra que toda vez que fazem as contas, sobem o tal número, ou pegam emprestado, mas não entendem o porquê. Muitas vezes a matéria foi passada de forma mecânica e os alunos apenas copiam, seguindo a regra que foi passada pelo professor, mas nunca se questionaram o motivo. Ou simplesmente não entenderam o conceito de números decimais. Segundo Carrara (2004), de acordo com a concepção da teoria histórico-cultural de Vygotsky, o processo de desenvolvimento é um resultado do processo de aprendizagem da cultura e da reprodução de aptidões que forem mediadas e condensadas. Assim o papel do professor é fazer com que os alunos se apropriem destas aptidões que que inicialmente eram externas, para se tornarem internas, sendo o educador como um mediador, na relação da criança com o mundo. Uma preocupação ainda maior quando penso em como será quando acabar a pandemia, com as crianças e adolescentes tendo as aulas de matemática de forma remota sem nenhum tipo de material concreto e estímulos para que o aprendizado seja realmente eficaz. Enfim, acredito que se o professor conseguisse ensinar, ao invés de transmitir apenas o conteúdo de matemática, os alunos perceberiam a importância desse conhecimento