As fazendas de café oitocentistas da região sudeste são testemunhas eloquentes de uma época de esplendor social e econômico, com seus núcleos sofis...

As fazendas de café oitocentistas da região sudeste são testemunhas eloquentes de uma época de esplendor social e econômico, com seus núcleos sofisticados de civilidade na imensidão dos vales ocupados por elas, a projetar uma imagem de nobreza e fortuna aos protagonistas desta história. Nesse sentido, o diferencial das fazendas do interior de São Paulo, região de São Carlos e Araraquara, a partir do final do século XIX se resume: a. Em informações de pesquisas recentes sobre as Fazendas da região centro-oeste de São Paulo, nas quais se constatou a presença de tradições paulistas ( terrapleno ) e mineiras ( meia encosta ) quanto à preparação do terreno das mesmas. b. A informação de que as fazendas da região de Araraquara utilizavam de uma distribuição mais racional das edificações, com terreiros de café situados ao lado ou à frente das casas principais. A existência dos rios muito próximos era uma necessidade comum e imprescindível. c. Ao fato de que em muitas dessas fazendas as casas principais passaram a contar com jardins projetados e as plantações com canais de irrigação, o que possibilitava que a localização das edificações das fazendas mencionadas não precisassem ser muito próximas aos rios. d. A não haver padrão nas fachadas, a não ser por largos beirais, eventuais frontões e platibandas, além de varandas com vista para o jardim ou terreiro, por vezes alpendradas, a fim de recepcionar os visitantes. e. Ao fato de que o partido das plantas das casas de fazenda era aberto, elas mantinham a setorização do modelo colonial das casas de engenho, separando o trabalho da habitação, e incluíam uma nova área, a social.