Durante o período do Segundo Reinado, o imperador D. Pedro II e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro tiveram um papel importante na construção da identidade nacional brasileira. A escolha do indígena como símbolo nacional está relacionada a diversos fatores históricos e culturais. Primeiramente, é importante destacar que o indígena era considerado um elemento autóctone, ou seja, originário do próprio território brasileiro. Essa característica foi valorizada como forma de ressaltar a brasilidade e a conexão com a terra. Além disso, o indígena era visto como um símbolo de resistência e luta contra a colonização, representando a resistência dos povos nativos frente à dominação estrangeira. Outro aspecto relevante é que, na época, o romantismo estava em voga e valorizava a exaltação da natureza, do passado histórico e das tradições nacionais. Nesse contexto, o indígena era visto como um elemento que representava a pureza, a simplicidade e a ligação com a natureza, características valorizadas pelos românticos. É importante ressaltar que essa escolha não significa que outros grupos étnicos não tenham participado do processo de colonização do Brasil. No entanto, o indígena foi eleito como símbolo nacional devido à sua relação direta com a terra brasileira e sua representatividade como resistência cultural. É válido mencionar que essa visão romantizada do indígena como símbolo nacional foi criticada posteriormente, pois desconsiderava a diversidade étnica e cultural do país. Atualmente, busca-se valorizar a pluralidade e a inclusão de diferentes grupos étnicos na construção da identidade nacional brasileira.
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