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Leia com atenção o poema: A Carolina Querida, ao pé do leito derradeiro Em que descansas dessa longa vida, Aqui venho e virei, pobre querida, Traz...

Leia com atenção o poema:


A Carolina

Querida, ao pé do leito derradeiro

Em que descansas dessa longa vida,

Aqui venho e virei, pobre querida,

Trazer-te o coração do companheiro.


Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro

Que, a despeito de toda humana lida,

Fez a nossa existência apetecida

E num recanto pôs um mundo inteiro.


Trago-te flores, - restos arrancados

Da terra que nos viu passar unidos

E ora mortos nos deixa separados.


Que eu, se tenho nos olhos malferidos

Pensamentos de vida formulados,

São pensamentos idos e vividos.


​ASSIS, Machado de. Toda poesia de Machado de Assis. Organização de Cláudio Murilo Leal. Rio de Janeiro: Record, 2008.


​O soneto lido foi o último escrito por Machado de Assis. A partir disso, assinale o que for correto:

A) 

A ausência de crase no título indica proximidade entre os amantes. 


B) 

Em "Aqui venho e virei, pobre querida, / Trazer-te o coração do companheiro" o eu lírico vale-se da figura de linguagem chamada comparação para revelar o símbolo de seu amor, o coração.


C) 

Em "Fez a nossa existência apetecida / e num recanto pôs um mundo inteiro” há a afirmação de um amor que não sobreviveu as barreiras enfrentadas pelo casal. A morte, no poema, é a morte do sentimento.


D) 

No primeiro terceto, o eu lírico confirma que está morto, como visto em: "e ora mortos nos deixa e separados".


E) 

O último terceto inicia-se com uma quebra brusca do rítmo do texto, indicando a confusão de sentimentos e emoções do eu-lírico.

💡 1 Resposta

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Analisando o poema "A Carolina" de Machado de Assis, podemos afirmar que as alternativas corretas são: B) Em "Aqui venho e virei, pobre querida, / Trazer-te o coração do companheiro" o eu lírico vale-se da figura de linguagem chamada comparação para revelar o símbolo de seu amor, o coração. C) Em "Fez a nossa existência apetecida / e num recanto pôs um mundo inteiro” há a afirmação de um amor que não sobreviveu as barreiras enfrentadas pelo casal. A morte, no poema, é a morte do sentimento. D) No primeiro terceto, o eu lírico confirma que está morto, como visto em: "e ora mortos nos deixa e separados". E) O último terceto inicia-se com uma quebra brusca do ritmo do texto, indicando a confusão de sentimentos e emoções do eu-lírico.

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