Uma das obras mais importantes do romance inglês do século XVIII é Robinson Crusoé, de Daniel de Dafoe. O crítico Italo Calvino lembra que essa obr...
Uma das obras mais importantes do romance inglês do século XVIII é Robinson Crusoé, de Daniel de Dafoe. O crítico Italo Calvino lembra que essa obra é considerado “a autêntica bíblia das virtudes mercantis e industriais, a epopéia da iniciativa individual”. Isso porque
O relato de um homem que sobrevive sozinho em uma ilha por 28 anos, dominando a natureza e seus obstáculos, e por meio de seus atributos individuais, construindo uma vida confortável, serviu bem ao ideal imperialista da burguesia inglesa. O autor não se preocupa em relatar minuciosamente as ações e gestos de Crusoé na ilha e nem se preocupa em dar a sua narrativa um caráter verossímil. Crusoé é somente admirado por suas façanhas e astúcia ao sobreviver em uma ilha, mas não representa os elementos da civilização que sua ilha natal, a inglaterra, deseja impor ao mundo, como o progresso econômico e da fé cristã. A relação de Crusoé com o nativo da ilha, nomeado por ele Sexta-feira, a quem salva de um ritual canibal e para quem apresenta os valores cristãos não atende aos princípios religiosos dos demais ingleses da época. ao criar uma narrativa de aventura, a maior parte das reflexões que faz sobre os acontecimentos da ilha não refletem o pensamento dominante de sua época.
A alternativa correta é:
O relato de um homem que sobrevive sozinho em uma ilha por 28 anos, dominando a natureza e seus obstáculos, e por meio de seus atributos individuais, construindo uma vida confortável, serviu bem ao ideal imperialista da burguesia inglesa.
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