Por que os betabloqueadores seletivos, como o atenolol e o são preferencialmente usados no tratamento da hipertensão arterial em comparação com os ...

Os betabloqueadores seletivos, como o atenolol, são preferencialmente usados no tratamento da hipertensão arterial em comparação com os não seletivos, como o propranolol, devido a algumas características específicas. Os betabloqueadores seletivos têm maior afinidade pelos receptores beta-1 adrenérgicos, que estão principalmente localizados no coração. Isso significa que eles têm um efeito mais específico no controle da frequência cardíaca e da contratilidade cardíaca, reduzindo a demanda de oxigênio pelo coração. Por outro lado, os betabloqueadores não seletivos, como o propranolol, afetam tanto os receptores beta-1 quanto os receptores beta-2 adrenérgicos. Os receptores beta-2 estão presentes em outros tecidos, como os brônquios e os vasos sanguíneos periféricos. Ao bloquear esses receptores, os betabloqueadores não seletivos podem causar efeitos adversos, como broncoconstrição (estreitamento dos brônquios) e vasoconstrição periférica, o que pode levar a uma redução do fluxo sanguíneo para os tecidos periféricos. Portanto, os betabloqueadores seletivos são preferidos no tratamento da hipertensão arterial, pois têm um perfil de efeitos colaterais mais favorável, com menor probabilidade de causar complicações respiratórias e periféricas. No entanto, é importante ressaltar que a escolha do betabloqueador mais adequado para cada paciente deve ser feita pelo médico, levando em consideração as características individuais e outras condições de saúde.