“Enfim, que razão existe para que os Estados (e também as organizações internacionais) tenham que submeter a sua vontade e limitar a sua liberdade a um imperativo jurídico internacional, que lhes ordena e preceitua uma determinada conduta? Esta matéria passou a ter importância com a chamada escola espanhola do direito internacional, notadamente com os ensinamentos de Francisco de Vitória e do jesuíta Francisco Suárez, dos quais emanaram as doutrinas que pretendem responder a questão sobre o fundamento do direito internacional, com seus desdobramentos e consequências. A questão do fundamento do direito internacional público tem sido, desde longo tempo, objeto de inúmeros estudos, existindo várias doutrinas que buscam demonstrar o fundamento jurídico de sua obrigatoriedade e eficácia.”
Acerca das referidas teorias monista e voluntarista, assinale a alternativa correta:
De acordo com as opções apresentadas, a alternativa correta é: "A teoria voluntarista é a que vigora até hoje no Direito Internacional Público."
R= Dentro da corrente objetivista, a teoria que ganhou destaque e teve mais adeptos, permanecendo viva até os dias atuais, é a que fundamenta a obrigatoriedade das normas internacionais na regra do pacta sunt servanda.
Comentário
A teoria voluntarista defende que a obrigatoriedade do Direito Internacional decorre da vontade, do consentimento dos Estados. A principal crítica direcionada a ela é a insegurança jurídica. Já a corrente objetivista surgiu justamente para contrapor o argumento da vontade, fundada na ideia de superioridade das normas internacionais frente às normas estatais e na sua autonomia e independência da vontade dos Estados. Dentro da corrente objetivista, a teoria que ganhou destaque e teve mais adeptos, permanecendo viva até os dias atuais, é a que fundamenta a obrigatoriedade das normas internacionais na regra do pacta sunt servanda, extraído do direito contratual. Dessa forma, funda-se em algo superior à vontade dos Estados, entretanto, sem deixá-la completamente de lado, jáque um Estado assina ou adere a um tratado por meio dela, mas da feita que o faz, obriga-se ao seu cumprimento pelo princípio da boa-fé.
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Direito Internacional
•UNINASSAU RECIFE
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