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A primeira Constituição Brasileira, a Imperial, de 1824, no artigo 179, inciso XXII, garantiu o direito de propriedade “em toda a sua plenitude”, a...

A primeira Constituição Brasileira, a Imperial, de 1824, no artigo 179, inciso XXII, garantiu o direito de propriedade “em toda a sua plenitude”, aditando, porém, que “se o bem público, legalmente verificado, exigir o uso e emprego da propriedade do cidadão, ele será previamente indenizado do valor dela”. Antes disso, uma lei de 21-5-1821 prescreveu que a ninguém se tirasse a propriedade, quaisquer que fossem as necessidades do Estado, sem que previamente se ajustasse o preço a pagar ao interessado pelo erário, no momento da entrega. A Constituição de 1824 deixou à lei ordinária a definição dos casos de desapropriação, o que foi feito pela Lei nº 422, de 1826, que especificou as hipóteses de necessidade pública e utilidade pública mantidas em todas as Constituições posteriores e definidas pelo artigo 590 do Código Civil de 1916 (não repetido no Código atual).

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 35. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2022, p. 198.

 

A desapropriação é um instituto próprio de direito público que representa um procedimento pelo qual o Poder Público ou delegatário transfere para si a propriedade de outrem. Nesse sentido, é correto concluir que:

 

A desapropriação é uma intervenção supressiva na propriedade, que para se perfectibilizar depende da anuência do particular.

A desapropriação também é possível em se tratando de bem público, como na hipótese da União Federal desapropriar bens dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

A desapropriação compõe-se da fase legislativa, fase declaratória e fase judicial, que permite o controle de mérito da declaração da necessidade pública exarada na segunda fase.

A desapropriação pressupõe, quando aplicável, indenização prévia e integral, que dispensa a inclusão de danos emergentes ou lucros cessantes.

A desapropriação somente pode ocorrer nas hipóteses legais, desde que o pagamento de indenização seja justa e em dinheiro.

 


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A desapropriação é um instituto próprio de direito público que representa um procedimento pelo qual o Poder Público ou delegatário transfere para si a propriedade de outrem. Nesse sentido, é correto concluir que: - A desapropriação é uma intervenção supressiva na propriedade, que para se perfectibilizar depende da anuência do particular. - A desapropriação também é possível em se tratando de bem público, como na hipótese da União Federal desapropriar bens dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. - A desapropriação compõe-se da fase legislativa, fase declaratória e fase judicial, que permite o controle de mérito da declaração da necessidade pública exarada na segunda fase. - A desapropriação pressupõe, quando aplicável, indenização prévia e integral, que dispensa a inclusão de danos emergentes ou lucros cessantes. - A desapropriação somente pode ocorrer nas hipóteses legais, desde que o pagamento de indenização seja justa e em dinheiro.

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