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Para começar este Desafio, considere as seguintes informações: No livro História mundial do teatro, Margot Berthold fala sobre o trabalho de Hans F...

Para começar este Desafio, considere as seguintes informações:

No livro História mundial do teatro, Margot Berthold fala sobre o trabalho de Hans Folz, um dramaturgo alemão de autos carnavalescos do final da Idade Média (século XIII).

O teórico e orientalista Edward Said, em seu livro Cultura e imperialismo, traz uma reinterpretação de clássicos europeus baseando-se na visão imperialista e colonialista do continente em relação aos povos orientais. No que tange às características dessa relação, ele afirma:

Em 7 de janeiro de 2015, o jornal satírico Charlie hebdo sofreu um atentado atribuído à Al-Qaeda pelas constantes charges feitas, as quais debochavam do islamismo e sua constituição. Doze pessoas da redação do jornal foram assassinadas, entre elas, alguns dos mais aclamados cartunistas do século XX. O atentado gerou uma série de questionamentos quanto aos limites do humor e da liberdade de expressão, elemento, a priori, central na concepção das democracias ocidentais.

O cartunista brasileiro Laerte foi um dos que levantou questões sobre o atentado. Para o cartunista, o humor não tem limites, mas tem consequências e vieses ideológicos: o humor nunca é neutro. Para ele, o humor da moda já não são as charges, mas sim aquele verbal e oral, visto na Internet, especialmente no Twitter e nos stand-up comedies.

Considerando essa afirmação, é necessário pontuar que os regimes políticos influenciam na liberdade do fazer cômico e de expressar-se. A completa repressão é, muitas vezes, criticada pela comédia ocidental no oriente, especialmente nas comunidades árabes.

Na Arábia Saudita, o comediante Fahad Albutairi (considerado o primeiro comediante stand-up do país), está, desde 2018, preso e desaparecido, por criar uma série de obras que satirizavam as moralidades e leis islâmicas. Ele ficou famoso ao satirizar a proibição de que as mulheres dirijam, em uma paródia da música de Bob Marley, No woman, no cry, a qual ele transformou em No woman, no drive (Não mulher, não dirija). Na letra, ele ironiza, entre outras coisas, a crença islâmica de que, caso a mulher dirija, ela se tornará infértil, uma vez que dirigir faz mal para os ovários.

A história, como o humor, é sempre contada por meio de vieses. O imigrante turco é um estranho ao universo europeu, assim como a ópera de Verdi coloniza uma terra que considera exótica. Charlie hebdo satiriza os regimes e as crenças islâmicas fora de seus territórios e é retaliado da mesma forma que um comediante local.

Neste Desafio, você deve utilizar os conceitos desátira, ironia e grotesco para debater entre as três situações apresentadas acima (o auto carnavalesco, o atentado de Charlie hebdo e a história de Fahad Albutairi), a partir do ponto no qual elas convergem: a violência e a representação do diferente.


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