Tito Lívio e Dionísio de Halicarnasso registraram imperturbavelmente os quatro séculos obscuros da história primitiva de Roma, reunindo tudo o que afirmaram seus antecessores, sem se perguntar: "isto é verdadeiro?", mas limitando-se a suprimir os detalhes que lhes pareceram falsos ou antes inverossímeis ou fabulosos; eles presumiam que o predecessor falava a verdade [...] De modo algum: eles sabiam perfeitamente que os mais antigos historiadores de Roma tinham sido posteriores a Rômulo quatro séculos e, de resto, não se importavam com isso: a tradição estava lá e ela era a verdade, eis tudo." (VEYNE, 1983, p. 17-18)
A citação acima demonstra que a tradição:
Era considerada “verdade”, pois através dela pode-se compreender as crenças e modo de vida dos cidadãos antigos, já que geram explicações para todos os aspectos da vida, e dessa forma eram apropriados pelos escritores e historiadores antigos.
Possui uma importância inferior à ciência, pois apresentam elementos inverossímeis e fabulosos, que mesmo assim eram incorporadas por historiadores como Tito Lívio.
Eram as únicas “verdades” consideradas, já que nessa época não existiam outras fontes históricas.
Os historiadores antigos utilizavam a mitologia e tradição em seus textos pois eram mais fáceis de trabalhar, tendo em vista que circulavam oralmente e alcançaram os mais diversos públicos.
Como não há questionamento sobre as tradições, os historiadores e escritores acreditavam que todos os aspectos eram verdadeiros.
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