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Thiago Figueiredo não ficou nem um pouco satisfeito com a decisão judicial. Não compreende como a Justiça do Trabalho admite que o devedor ostente ...

Thiago Figueiredo não ficou nem um pouco satisfeito com a decisão judicial. Não compreende como a Justiça do Trabalho admite que o devedor ostente em rede social de maneira impune. Ante a circunstância exposta, ele lhe pede que avalie se existe algum recurso cabível para tentar reverter a decisão. Caso exista, solicita que seja imediatamente interposto. A sentença que indeferiu o pedido de apreensão do passaporte foi publicada em 4/6/2024. Vamos, então, à análise do que pode ser feito nesse caso para buscar o recebimento da quantia a que Thiago Figueiredo faz jus. Como salientado, nesse momento o processo encontra-se na 10ª Vara do Trabalho de Manaus/AM, que proferiu a decisão que indeferiu o pedido de apreensão de passaporte de Pedro Machado. Vamos analisar as questões jurídicas necessárias para a elaboração da peça processual apta a defender os interesses de Thiago. 1 – Peça processual. Como já informado, o processo encontra-se na fase de execução. Já houve o trânsito em julgado e a liquidação com a consequente apuração do valor devido. Foram implementadas todas as medidas possíveis para a constrição de patrimônio do devedor, sem qualquer sucesso. Por esse motivo foi requerida a apreensão do passaporte, com fulcro no art. 139, inciso IV, do CPC. Tendo em vista o indeferimento do pedido pela 10ª Vara do Trabalho de Manaus/AM, é possível a interposição de recurso para o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região. Dessa forma, para elaborar o recurso correto é necessária a leitura do art. 897, a, da CLT. Fundamentando! Devem ser utilizados todos os fundamentos jurídicos necessários para se tentar a reforma da decisão a quo, apreendendo-se o passaporte de Pedro Machado. O objeto da discussão neste momento processual é tão somente a possibilidade jurídica da medida requerida, sendo vedada a rediscussão de fatos, haja vista o trânsito em julgado da fase de conhecimento. 2 – Medidas atípicas na execução – Apreensão de passaporte. A execução trabalhista deve recair sobre o patrimônio do devedor. A penhora de bens, portanto, deve seguir a ordem estabelecida no art. 835 do CPC, aplicável ao Direito Processual do Trabalho por força da previsão contida no art. 769 da CLT. No caso em tela, o exequente já tentou a penhora de todos os bens possível, sem obter êxito. Assim, persiste a dívida sem qualquer pagamento, enquanto o executado ostenta vida de luxo nas redes sociais. Nesse contexto, foi requerida a apreensão do passaporte do devedor Pedro Machado, com amparo no art. 139, inciso IV, do CPC, aplicável ao Processo do Trabalho, que assim prevê: Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: (...) IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; A apreensão de passaporte de devedor enquadra-se na autorização contida no dispositivo legal acima transcrito? Acerca da temática, o Supremo Tribunal Federal já se manifestou no sentido de que a apreensão do passaporte do devedor não é medida cabível para garantir a efetividade da execução, pois não se trata de medida coercitiva apta a compelir o devedor a pagar a dívida. Portanto, a medida requerida pelo exequente não encontra amparo legal e deve ser indeferida. Diante disso, é possível interpor recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, com base no art. 895 da CLT, a fim de buscar a reforma da decisão que indeferiu o pedido de apreensão do passaporte.
O processo encontra-se na fase de execução.
Já houve o trânsito em julgado e a liquidação com a consequente apuração do valor devido.
Foram implementadas todas as medidas possíveis para a constrição de patrimônio do devedor, sem qualquer sucesso.
Foi requerida a apreensão do passaporte, com fulcro no art. 139, inciso IV, do CPC.
O objeto da discussão neste momento processual é tão somente a possibilidade jurídica da medida requerida.
A apreensão de passaporte de devedor enquadra-se na autorização contida no art. 139, inciso IV, do CPC.

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SUA_PETICAO_SEÇÃO 6 TRABALHISTA
6 pág.

Direito do Trabalho II AnhangueraAnhanguera

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A apreensão do passaporte do devedor não é medida cabível para garantir a efetividade da execução, pois não se trata de medida coercitiva apta a compelir o devedor a pagar a dívida. Portanto, a medida requerida pelo exequente não encontra amparo legal e deve ser indeferida. É possível interpor recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, com base no art. 895 da CLT, a fim de buscar a reforma da decisão que indeferiu o pedido de apreensão do passaporte.

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