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06 CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO - PARTE 2

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DIREITO DO TRABALHO
CONTEXTO DO DIREITO DO TRABALHO NO QUADRO GERAL DO DIREITO
SANTANA
LÍVIA ALBUQUERQUE MELO
Janeiro - 2023
SETOR DE MARKETING
GRUPO SER EDUCACIONAL
APRESENTAÇÃO:
RELAÇÃO DE TRABALHO X RELAÇÃO DE EMPREGO
RELAÇÃO 
DE 
TRABALHO
4
SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO
EMPREGADO
A CLT e as demais normas trabalhistas são voltadas apenas à proteção dos direitos do empregado. Assim, direitos como jornada de trabalho, FGTS, férias, descanso semanal remunerado, etc., são direcionados ao empregado. 
Competência da Justiça do Trabalho
5
EMPREGADO
PESSOA FÍSICA
NÃO EVENTUALIDADE
ONEROSIDADE
SUBORDINAÇÃO
Art. 3º, CLT - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
REQUISITOS
ALTERIDADE
6
REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
O empregado é pessoa física ou natural. 
Exclui-se desse conceito as pessoas jurídicas e prestações de serviços por animais.
PESSOALIDADE: O empregado é contratado em razão das suas qualidades pessoais. Não pode ser substituído por terceiro.
7
REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
É necessário que o trabalho executado não seja ocasional.
Há a expectativa de que o empregado retorne ao trabalho.
CONTINUIDADE: Não é sinônimo de não eventualidade. A CLT permite que o reconhecimento do vínculo ocorra mesmo que haja fracionamento da prestação dos serviços. O trabalho contínuo, por sua vez, é aquele que não admite o referido fracionamento. 
NÃO EVENTUALIDADE
8
REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
Não é gratuito o contrato de trabalho, mas oneroso. O empregado tem o dever de prestar os serviços e o empregador, em contrapartida, deve pagar salários pelos serviços prestados. 
A forma de pagamento da contraprestação é irrelevante.
Havendo expectativa de salário, estará presente o requisito onerosidade.
ONEROSIDADE
9
REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
É o requisito mais importante da relação de emprego. O obreiro exerce sua atividade com dependência ao empregador, por quem é dirigido. Se o empregador assume todos os riscos do empreendimento, ele terá o poder de organizar e dirigir a prestação de serviços. 
Há três teorias para explicar a subordinação:
SUBORDINAÇÃO
	SUBORDINAÇÃO 
JURÍDICA	SUBORDINAÇÃO 
TÉCNICA	SUBORDINAÇÃO ECONÔMICA
10
REQUISITOS DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
PESSOA FÍSICA
Obriga que todos os riscos do empreendimento sejam suportados pelo empregador. O salário deve ser pago, tendo a empresa lucros ou prejuízos. 
ALTERIDADE E IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19: Em regra, em momentos de crise financeira mundial, os prejuízos da empresa serão exclusivamente do empregador. Mas a pandemia impactou o princípio da alteridade, de modo que as medidas provisórias publicadas no período, deram mais força ao empregador para alterações no contrato de trabalho.
ALTERIDADE
11
ELEMENTOS NÃO ESSENCIAIS À CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
EXCLUSIVIDADE
A CLT não tem previsão expressa de que o empregado preste serviços com exclusividade para dado empregador. Assim, há a possibilidade de vários contratos de trabalho, com empresas diversas, simultaneamente. 
1
	O que diz a 	jurisprudência sobre 	Cláusula de não 	concorrência?
12
CLÁUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA
JURISPRUDÊNCIA
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. CLÁUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA. VALIDADE. Cinge-se a controvérsia em definir a validade da estipulação da cláusula de não concorrência após a rescisão contratual. Depende da observância dos seguintes requisitos: limitação temporal, limitação geográfica e indenização compensatória pelo período referente à restrição. No caso, o Tribunal Regional registrou expressamente que a cláusula de não concorrência, apesar de prever indenização compensatória pelo referido período, não estipulou previsão temporal e limitação territorial, além de haver assinatura apenas do trabalhador e desproporção entre a contraprestação oferecida pela empresa - pagamento de salário mensal pelo período da restrição - e a multa em caso de descumprimento da obrigação pelo ex-empregado (multa não compensatória correspondente ao valor resultante da multiplicação do último salário do réu por 25), sem prejuízo da indenização decorrente da responsabilidade civil. Nesse contexto, correto o acórdão regional ao julgar improcedente a ação proposta pela empresa. Agravo de instrumento a que se nega provimento.
(TST - AIRR: 24849520105020053, Relator: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento: 30/11/2016, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 09/12/2016)
13
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. RECURSO DE REVISTA REGIDO PELO CPC/2015 E PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40/2016 DO TST. CLÁUSULA DE NÃO CONCORRÊNCIA ESTIPULADA PARA PERÍODO POSTERIOR AO TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO. ALTERAÇÃO UNILATERAL PREJUDICIAL AO TRABALHADOR. Consoante o acórdão regional, as partes pactuaram cláusula de não concorrência, por meio da qual ficou estabelecido que, por dois anos e a partir do término do contrato de trabalho, a reclamada pagaria ao autor o valor referente ao seu último salário. Porém, à época da demissão, a empregadora alterou unilateralmente o pactuado sem a anuência do autor, liberando-o do cumprimento da cláusula de não concorrência, de modo a permitir que o reclamante atuasse livremente no mercado, e, com isso, não pagou a compensação pecuniária estipulada. Nesse contexto, concluiu o Regional que houve alteração unilateral do contrato em prejuízo do empregado, na medida em que o reclamante deixou de receber a indenização prevista. Registrou que "não há qualquer cláusula ou estipulação prevendo a possibilidade de a indenização somente ser exigida se também o fosse a não concorrência", bem como que "tampouco foi avençada possibilidade de desistência unilateral por qualquer das partes". Com efeito, dispõe o artigo 444 da CLT que as relações contratuais podem ser objeto de livre estipulação entre as partes, desde que observadas as disposições de proteção ao trabalho, as normas coletivas aplicáveis e as decisões das autoridades competentes. Já o artigo 468 da CLT prevê que, "nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições, por mútuo consentimento, e, ainda assim, desse que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia" (destacou-se). A cláusula de não concorrência é a obrigação pela qual o empregado se compromete a não praticar pessoalmente ou por meio de terceiro ato de concorrência para com o empregador, tratando-se, pois, de uma obrigação de natureza moral e de lealdade. Essa pactuação especial no contrato de trabalho, inserta no âmbito da esfera dos interesses privados do empregador e do empregado, deve ser considerada válida, levando-se em consideração a boa-fé e a razoabilidade contratual. A previsão de não concorrência impõe obrigações recíprocas para as partes e deve ser regulamentada a fim de que possa gerar efeitos tanto para o empregador quanto para o empregado no caso de descumprimento. No caso dos autos, observa-se que a cláusula de não concorrência foi livremente estipulada pelas partes e integrou o pacto laboral, razão pela qual não poderia ser alterada unilateralmente pela reclamada, em flagrante prejuízo ao empregado, o qual deixou de receber a indenização convencionada. Trata-se, aqui, de dar aplicação plena ao princípio pacta sunt servanda, no sentido de que as cláusulas negociais lícitas, ajustadas livre e bilateralmente pelas partes, não podem ser alteradas ou desfeitas pela vontade de apenas uma delas, sem a concordância da outra, como registrou a instância regional haver ocorrido no caso presente. Nesse aspecto, o Direito do Trabalho em nada difere do Direito Privado em geral. Agravo de instrumento desprovido. (...)
(TST - AIRR:114968720135010205, Relator: José Roberto Freire Pimenta, Data de Julgamento: 26/11/2019, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 21/02/2020)
14
ELEMENTOS NÃO ESSENCIAIS À CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO EMPREGATÍCIA
LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
O local da prestação de serviço é irrelevante para configuração do vínculo empregatício.
2
TELETRABALHO 
(REFORMA TRABALHISTA)
Consiste na prestação de serviços realizados, preponderantemente, fora das dependências do empregador com o uso de tecnologias de informações e comunicação que não configuram trabalho externo.
15
ADMISSÃO DO EMPREGADO
Não há formalidade específica para contratar o empregado, podendo o contrato de trabalho ser celebrado até mesmo de forma verbal!
Há, entretanto, exigência de um documento obrigatório, a Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS.
A falta de anotação na CTPS não afasta o vínculo empregatício. Uma vez presente os 4 requisitos da relação de emprego, o vínculo será declarado. No entanto, a ausência de notificação possibilita que o empregador seja autuado pela fiscalização.
 
REFORMA 
TRABALHISTA
O art. 611-B, I, da CLT, que contempla os limites ao negociado, estipula que constituem objeto ilícito de instrumentos coletivos do trabalho a supressão ou a redução dos direitos relacionados à identificação profissional, inclusive as anotações na CTPS.
16
CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL - CTPS 
	CTPS	
	Carteira de Trabalho Digital	Art. 14, CLT: 
A CTPS será emitida pelo Ministério da Economia preferencialmente em meio eletrônico. 
	Identificação	CPF do empregado
	Prazo para anotação na CTPS	Art. 29, CLT: 5 dias úteis (Reforma Trabalhista)
	Acesso do trabalhador às informações no sistema	Em até 48 horas a partir da anotação (art. 29, §8º, CLT).
	Registros eletrônicos	Equivalem às anotações na CTPS (art. 29, §7º, CLT).
	Valor das anotações	Comprovação de salário, gozo de férias ou tempo de serviço nas reclamações trabalhistas.
Para cálculo de indenização por acidente de trabalho ou moléstia profissional.
OBS: A CTPS deixou de ser documento hábil a ser apresentado como documento de identificação pessoal oficial, assim como, deixa de ser documento capaz de comprovar a dependência perante a Previdência Social.
17
DECLARAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE VÍNCULO
AUDITOR FISCAL
RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO EM FACE DE ACÓRDÃO PUBLICADO APÓS A VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. AÇÃO ANULATÓRIA DE AUTO DE INFRAÇÃO - MULTA ADMINISTRATIVA - RECONHECIMENTO DA RELAÇÃO DE EMPREGO - COMPETÊNCIADOAUDITOR FISCAL - TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA RECONHECIDA. Tratando-se de recurso de revista interposto em face de decisão regional que se mostra contrária à jurisprudência desta Corte, revela-se presente a transcendência política da causa, a justificar o prosseguimento do exame do apelo. Cinge-se a controvérsia dos autos em definir se o auditor fiscal extrapolou a sua competência ao decidir pela existência da relação jurídica de emprego, ao contrário do que entendeu o Tribunal Regional. Com efeito, de acordo com o artigo 628 da CLT, o Auditor Fiscal do Trabalho tem competência para, em sede administrativa, verificar a existência de relação de emprego, nos termos do artigo 11, II, da Lei nº 10.593/2002, bem como para lavrar o auto de infração se concluir pela existência de violação de dispositivo de lei, sob pena de responsabilidade administrativa. A fiscalização do cumprimento das normas trabalhistas não se confunde com a atuação jurisdicional da Justiça do Trabalho, de forma que o particular tem resguardado seu direito de acesso ao Poder Judiciário, para discutir a legalidade da penalidade administrativa, na forma do artigo 114, VII, da Constituição da Republica. A jurisprudência desta Corte Superior já se manifestou no sentido de que o Auditor Fiscal do Trabalho, ao concluir pela existência de ofensa à legislação trabalhista, notadamente a existência de relação de emprego, detém competência para proceder à lavratura do auto de infração e aplicar as penalidades decorrentes. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido.
(TST - RR: 10000280520185020465, Relator: Renato De Lacerda Paiva, Data de Julgamento: 04/05/2022, 7ª Turma, Data de Publicação: 13/05/2022)
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DECLARAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE VÍNCULO
AUDITOR FISCAL
Não há dispositivo expresso na CLT que estabelecesse a atribuição do Autor Fiscal do Trabalho para reconhecimento de vínculo de emprego.
A jurisprudência tem se posicionado no sentido de ausente o registro de empregados, o Auditor Fiscal do Trabalho terá prerrogativa de reconhecer o vínculo empregatício.
No entanto, é vedado o reconhecimento de vínculo pelo Auditor Fiscal de trabalhador terceirizado com tomador de serviço, pois existe um vínculo previamente reconhecido com a prestadora de serviço. Havendo dúvida, é competência da Justiça do Trabalho determinar ou não a formação do vínculo de emprego diretamente com a tomadora.
19
O empregador pode exigir Certidão Negativa de Antecedentes Criminais na contratação do empregado? 
20
CERTIDÃO NEGATIVA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS NA CONTRATAÇÃO DO EMPREGADO
REGRA GERAL
Configura tratamento discriminatório
Não se justificar em razão do trabalho “comum”
EXCEÇÃO
Vigilante 
(Lei 7.102/83 – art. 12)
Transporte de Valores
Empregado Doméstico
Se existir previsão em lei.
Se a natureza do ofício desenvolvido exigir
Se houver grau especial de fidúcia
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SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO
EMPREGADOR
Art. 2º, CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
EMPREGADOR POR EQUIPARAÇÃO: Art. 2º, § 1º, CLT - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
EMPREGADOR
Sucessão de Empresas
Poderes do Empregador
Grupo 
Econômico
Sócio Retirante
22
GRUPO 
ECONÔMICO
Art. 2º, §2º, CLT -  Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
ATIVIDADES ECONÔMICAS DIVERSAS
CNPJ PRÓPRIO
QUADRO DE PESSOAL PRÓPRIO
A CLT não exige um documento ou prova específica para configuração do grupo econômico. Essa prova será possível através da análise do caso concreto.
23
GRUPO 
ECONÔMICO
ESPÉCIES DE GRUPO ECONÔMICO:
GRUPO ECONÔMICO POR SUBORDINAÇÃO: O grupo econômico decorre da hierarquia entre empresas. Há uma relação de controle entre uma ou mais empresas em relação às demais integrantes.
Grupo Econômico Vertical
24
Reforma Trabalhista
GRUPO 
ECONÔMICO
ESPÉCIES DE GRUPO ECONÔMICO:
GRUPO ECONÔMICO POR COORDENAÇÃO: O grupo econômico pode ser formado entre empresas que guardam autonomia em relação às outras, mas reste demonstrado a coordenação, a atuação conjunta entre elas
Grupo Econômico Horizontal
25
GRUPO 
ECONÔMICO
RECURSOS DE REVISTA DOS RÉUS. LEI Nº 13.467/2017 . RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. GRUPO ECONÔMICO POR COORDENAÇÃO. RESPONSABILIDADE EXECUTIVA SECUNDÁRIA. APLICAÇÃO DA REGRA PREVISTA NO ARTIGO 790 DO CPC. JURISPRUDÊNCIA DO STJ. DIVERGÊNCIA ATUAL ENTRE TURMAS DESTA CORTE. APLICAÇÃO DO ARTIGO 2º, §§ 2º e 3º DA CLT, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 13.467/17 AOS PROCESSOS EM CURSO, AINDA QUE A RELAÇÃO JURÍDICA MATERIAL TENHA OCORRIDO ANTES DA VIGÊNCIA DA REFERIDA LEI. MATÉRIA COMUM. ANÁLISE CONJUNTA. TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA CONSTATADA. A jurisprudência desta 7ª Turma se firmou no sentido de ser possível a configuração de grupo econômico "por coordenação", mesmo diante da ausência de hierarquia, desde que as empresas integrantes do grupo comunguem dos mesmos interesses. Segundo o referido entendimento, o artigo 2º, § 2º, da CLT, em suaredação anterior, disciplinava apenas uma das modalidades de formação do grupo econômico e não impede que a sua configuração possa ser definida por outros critérios. Por sua vez, a SbDI-I desta Corte, no julgamento do E-ED-RR-214940-39.2006.5.02.0472, Relator Ministro Horácio Raymundo de Senna Pires, firmou a tese no sentido de que "o simples fato de as empresas possuírem sócios em comum não autoriza o reconhecimento de grupo econômico". Assim, no caso, mostra-se plenamente possível a aplicação analógica de outras fontes do direito que admitem a formação do grupo econômico com base na comunhão de interesses, a exemplo do artigo 3º, § 2º, da Lei nº 5.889/73, que, já antes da vigência da Lei nº 13.467/17, estabelecia a responsabilidade solidária do grupo por coordenação no âmbito rural. De todo modo, ainda que se entenda que tema se encontra suficientemente debatido e uniformizado em sentido contrário pela SBDI-1, julga-se existir novo fundamento a justificar a manutenção da jurisprudência desta e. Turma. Com a entrada em vigor da Lei nº 13.467/17, a redação do § 2º do artigo 2º da CLT foi alterada e incluído o § 3º, para contemplar a modalidade de grupo econômico formado a partir da comunhão de interesses e atuação conjunta das empresas. (...) Destarte, considerando que, no caso em análise, ficou constatada a conjugação de interesses e a atuação das reclamadas em ramos conexos, patente a caracterização do grupo econômico e a condição de responsável executivo secundário das empresas que o compõem e, pois, de legitimadas passivas. Recursos de revista não conhecidos.
(TST - RR: 105814820175030009, Relator: Claudio Mascarenhas Brandao, Data de Julgamento: 16/03/2022, 7ª Turma, Data de Publicação: 25/03/2022)
26
GRUPO ECONÔMICO
Não há caracterização do grupo econômico pela mera identidade de sócios entre as empresas!
Requisitos para formação grupo econômico:
Interesse integrado;
Efetiva comunhão de interesse; e
Atuação conjunta das empresas.
Consequências jurídicas do reconhecimento do grupo econômico:
Responsabilidade solidária;
Finalidade lucrativa.
Contrato de trabalho único.
Exceção: Contratos simultâneos de trabalho. Súmula 129, TST.
27
SUCESSÃO DE EMPRESAS
Art. 10, CLT. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448, CLT. A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
REQUISITOS PARA A SUCESSÃO:
Transferência de estabelecimento;
Não ocorrência de paralisação da atividade
28
Reforma Trabalhista
SUCESSÃO DE EMPRESAS
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. 
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. 
As dívidas antigas, atuais e futuras são de reponsabilidade do sucessor!
Exceção: Fraude na transferência de empresa – responsabilidade solidária.
29
SUCESSÃO DE EMPRESAS
Sucessão em grupo econômico: 
Há discussão da responsabilidade solidária entre sucessor (novo empregador) que adquiriu apenas uma das empresas pertencentes ao grupo e o grupo econômico, por débitos de empresas não adquiridas. 
OJ nº 411 da SDI-I do TST: 
Não há responsabilidade solidária do novo empregador com o grupo econômico, exceto se comprovada má-fé ou fraude na sucessão. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. GRUPO ECONÔMICO. SUCESSÃO DE EMPRESAS. OCORRÊNCIA DE FRAUDE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA EMPRESA SUCEDIDA . Esta Corte Superior tem entendido que a sucessão empresarial transfere direitos e obrigações ao sucessor, que responde integral e exclusivamente pelo contrato de trabalho. Contudo, nos casos em que reste evidenciada fraude na sucessão, a responsabilidade pelos créditos trabalhistas alcança, igualmente, a empresa sucedida, como ocorreu na hipótese. Incólumes, portanto, os artigos 2º, 10 e 448 da CLT. Agravo desprovido.
(TST - AIRR: 1899520125150007, Relator: Gilmar Cavalieri, Data de Julgamento: 03/06/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: 12/06/2015)
30
SÓCIO RETIRANTE
Qualquer sócio pode retirar-se da sociedade. Se a sociedade for celebrada por prazo indeterminado, deve ser realizada a notificação dos demais sócios, com antecedência mínima de 60 dias. Por sua vez, se for de prazo determinado, deve ser demonstrada judicialmente justa causa para sua retirada da sociedade (art. 1.029, CC).
“Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado” (Art. 5º, XX, CF).
31
Reforma Trabalhista
SÓCIO RETIRANTE
Art. 10-A.  O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: 
I - a empresa devedora; 
    
II - os sócios atuais; e 
III - os sócios retirantes. 
Parágrafo único.  O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. 
Antes da Reforma Trabalhista, a jurisprudência autorizava a responsabilização do sócio retirante.
32
SÓCIO RETIRANTE
REQUISITOS PARA RESPONSABILIZAÇÃO:
Ajuizamento da reclamação trabalhista: Que deverá ser ajuizada no período de até 2 anos depois de averbada a modificação do contrato;
Benefício de ordem: 
Empresa devedora;
Atuais sócios da empresa;
Sócios retirantes
O sócio retirante deve constar no polo passivo da reclamação trabalhista desde a fase de conhecimento? 
É possível a inclusão apenas na fase de execução, de acordo com a jurisprudência do TST (TST – AIRR 0172100-87.2005.5.15.0148; Terceira Turma; Rel. Min. Alexandre de Souza Agra; DEJT 18/10/2013).
Incidente de desconsideração a personalidade jurídica: 
O processo do trabalho apresenta procedimento próprio para atingir o patrimônio desses sócios, denominado incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
33
PODERES DO EMPREGADOR
O empregador assume, exclusivamente, os riscos da atividade econômica. Por isso, há necessidade de organizar e controlar a prestação de serviços, mesmo que, para isso, seja necessária a aplicação de penalidades aos trabalhadores.
Poderes do Empregador
Poder de Organização
Poder de Controle
Poder Disciplinar
34
CONTRATO DE TRABALHO
CONCEITO: É o ajuste verbal ou escrito, tácito ou expresso, firmado entre o empregado, que assume a obrigação de prestar serviços não eventuais e subordinados, e o empregador, que assume a obrigação de pagar salário.
NATUREZA JURÍDICA: O contrato de trabalho possui natureza jurídica contratual, uma vez que estão presentes elementos de manifestação da vontade das partes e a liberdade de contratação para sua configuração.
ELEMENTOS DO CONTRATO DE TRABALHO (art. 104, CC):
Agente capaz;
Forma prescrita e não defesa em lei;
Objeto lícito.
35
NULIDADES DO CONTRATO DE TRABALHO
Para que o contrato de trabalho se desenvolva de forma válida, é necessário que a prestação de serviços seja lícita e não contrarie as normas de proteção à saúde e à segurança do trabalhador. 
TRABALHO PROIBIDO:
É aquele prestado em condições que agridem a saúde e a segurança do trabalhador, ou seja, desrespeita normas de proteção trabalhista. O vínculo é declarado, as verbas são pagas, mas o empregador não pode continuar prestando esses serviços.
TRABALHO ILÍCITO:
No trabalho ilícito, a prestação de serviços afronta a lei penal. O contrato será declarado nulo e não haverá pagamento de verbas rescisórias.
Ex Nunc
Ex Tunc
36
CLASIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO
Contratos de Trabalho
Prazo Indeterminado
Prazo Determinado
Intermitente
Regra Geral
Exceção
Exceção
a) De serviço cuja natureza ou transitoriedadejustifique;
b) De atividades empresariais de caráter transitório;
c) De contrato de experiência.
Prestação de serviço, não contínua, com subordinação, com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade.
37
ALTERANAÇÃO DOS CONTRATOS DE TRABALHO
ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Reversão
Transferência de Empregados
Jus Variandi
Reversão e Gratificação de Função
38
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO
	SUSPENSÃO	INTERRUPÇÃO
	Não há pagamento de salário	Há pagamento de salário
	Não há contagem do tempo de serviço	Há contagem do tempo de serviço
	Não há prestação de serviços	Não há prestação de serviços
39
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