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O paciente contrata diretamente o cirurgião e este contrata um anestesista de sua confiança para a cirurgia no referido paciente. O anestesista não...

O paciente contrata diretamente o cirurgião e este contrata um anestesista de sua confiança para a cirurgia no referido paciente.

O anestesista não se torna preposto do cirurgião? Pergunto isso, pois é possível que um profissional liberal tenha um preposto? E precisa ter relação de subordinação com o cirurgião para ser preposto dele?

PS: sei que o que o STJ entende sobre a responsabilidade não ser solidária, mas faço essa pergunta, pois acredito que o STJ esqueceu de analisar o artigo 932, inciso III do CC, bem como esqueceu de analisar o conceito que ele mesmo estabeleceu sobre os elementos para se considerar preposto.

💡 2 Respostas

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Melissa Reis

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Sim, o anestesista pode se tornar preposto do cirurgião, mesmo que este seja um profissional liberal. Isso porque a relação de preposição não exige subordinação formal, mas sim uma relação de confiança e dependência entre as partes. No caso em questão, o paciente contrata diretamente o cirurgião, que, por sua vez, contrata o anestesista para realizar a cirurgia. Isso demonstra que o cirurgião confia no anestesista e que o considera como um auxiliar necessário para a realização do procedimento cirúrgico.

O artigo 932, inciso III do Código Civil estabelece que o empregador é responsável pelos atos praticados por seus empregados, no exercício do trabalho que lhes competir. No caso do anestesista, ele está exercendo uma atividade profissional que é necessária para a realização da cirurgia. Portanto, ele pode ser considerado como um preposto do cirurgião, e o cirurgião pode ser responsabilizado pelos atos praticados pelo anestesista no exercício dessa atividade.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já decidiu que a responsabilidade do cirurgião e do anestesista não é solidária, mas sim subsidiária. Isso significa que o paciente deve primeiro buscar a reparação do dano junto ao anestesista, e, apenas se não for possível obter a reparação, poderá buscar a reparação junto ao cirurgião.

No entanto, o STJ não analisou o artigo 932, inciso III do CC, nem o conceito que ele mesmo estabeleceu sobre os elementos para se considerar preposto. O STJ também não analisou a relação de confiança e dependência entre o cirurgião e o anestesista.

Se o STJ analisar esses elementos, é possível que ele conclua que a responsabilidade do cirurgião e do anestesista é solidária. Isso porque o anestesista está atuando em nome do cirurgião, e o cirurgião está se beneficiando da atividade do anestesista. Portanto, ambos devem ser responsabilizados pelos danos causados ao paciente.

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O anestesista não se torna preposto do cirurgião, pois não há relação de subordinação entre eles. O anestesista é um profissional liberal e autônomo, que presta serviços ao cirurgião e ao paciente de forma independente. Mesmo que o cirurgião indique um anestesista de sua confiança, isso não significa que o anestesista seja seu preposto. O fato de um profissional liberal ter um preposto depende da relação de subordinação existente entre eles, o que não é o caso do anestesista e do cirurgião.

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