A construção da saúde coletiva no Brasil teve início na década de 1970, quando surgiram os primeiros movimentos sociais em defesa da saúde pública. Nessa época, o país vivia sob uma ditadura militar, que reprimia as manifestações populares. Mesmo assim, os movimentos conseguiram mobilizar a sociedade e pressionar o governo a adotar medidas em favor da saúde. Em 1986, foi promulgada a Constituição Federal, que estabeleceu a saúde como um direito de todos e dever do Estado. Esse foi um marco importante na história da saúde coletiva no Brasil, pois reconheceu a importância da saúde como um bem público e estabeleceu as bases para a construção do Sistema Único de Saúde (SUS). A Reforma Sanitária, que teve início na década de 1980, foi um movimento social que defendia a criação de um sistema de saúde público, universal e gratuito. Esse movimento foi liderado por profissionais da área da saúde, acadêmicos, sindicalistas e outros setores da sociedade civil. A Reforma Sanitária foi fundamental para a construção do SUS, pois propôs uma nova forma de organização do sistema de saúde, baseada na participação popular e na descentralização do poder. O Pacto pela Saúde, assinado em 2006, foi um acordo entre os governos federal, estaduais e municipais para fortalecer o SUS e melhorar a qualidade dos serviços de saúde. Esse pacto estabeleceu metas e compromissos para a melhoria da saúde no país, como a redução da mortalidade infantil e materna, a ampliação do acesso aos serviços de saúde e a melhoria da qualidade do atendimento. Em resumo, a construção da saúde coletiva no Brasil teve início com os movimentos sociais em defesa da saúde pública, passou pela promulgação da Constituição Federal e pela Reforma Sanitária, e culminou com o Pacto pela Saúde, que estabeleceu metas e compromissos para a melhoria da saúde no país.
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Enfermagem no Processo de Cuidar em Saúde Coletiva I
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