A imigração é uma das questões seminais que atingem os governos europeus. Cada vez mais intensos, os fluxos de imigrantes africanos, asiáticos, bósnios, romenos, búlgaros e de outras localidades do leste Europeu se deparam com uma população cada vez mais hostil a uma política de abertura para os novos contingentes, fato observado, por exemplo, na ascensão de partidos de extrema direita. Os anos 2000 marcam, portanto, uma intensificação da chegada de novos imigrantes, facilitada, fundamentalmente: a. Pela nova institucionalidade criada pela União Europeia, dentre as quais estabelece a livre circulação de pessoas dentro do seu território, sem que haja controle de fronteiras. b. Pelo crescimento do número de empregos de baixa qualificação em países do Norte Europeu, como Alemanha e Grã-Bretanha. c. Por programas binacionais de intercâmbio nos setores empresariais e estudantis, uma vez que os países europeus ainda possuem vínculos diretos com países que foram suas antigas colônias no contexto imperialista na África e Ásia. d. Pela proximidade geográfica com regiões mais pobres, lugares de origem dos principais contingentes. e. Pela abertura econômica da Europa e a consolidação de uma economia de livre mercado, altamente dependente de mão de obra barata dos países mais pobres.