A despeito da heterogeneidade das posições pessoais, os intelectuais que integravam o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), criado em 1...

A despeito da heterogeneidade das posições pessoais, os intelectuais que integravam o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), criado em 14 de julho de 1955, convergiam na convicção de que, por meio do debate e do confronto das ideias, seria possível formular um projeto ideológico comum para o Brasil. O nacional-desenvolvimentismo foi então concebido como essa ideologia-síntese capaz de levar o país - por meio da ação estatal (planejamento e investimento público) − à superação do atraso econômico-social e da alienação cultural. Essa frente político-ideológica, que convergia na defesa do nacional-desenvolvimentismo, enfrentou um abalo decisivo após dois anos e meio da fundação do instituto, inaugurando nova fase, cuja direção intelectual, nas mãos do filósofo Vieira Pinto e do historiador Nelson Werneck Sodré, privilegiou o debate das mudanças sociais e econômicas, mais tarde defendidas pelo governo Goulart.” (Toledo, C. N. de. A experiência isebiana. Folha de São Paulo, São Paulo, quinta-feira,

14 jul. 2005 − texto adaptado). Em relação ao “abalo decisivo” ocorrido no ISEB em 1958, podemos afirmar que a nova posição do Instituto:

a.Levou a uma aproximação entre

intelectuais do varguismo e o Partido Trabalhista Brasileiro.

b.Aproximou-se dos movimentos sociais e do Partido Comunista Brasileiro.

c.Priorizou os movimentos sociais na primeira fase e a formação dos quadros do Estado brasileiro na segunda fase.

d.Tornou-se muito próxima aos militares, transformando o ISEB em impulsionador das ideias do milagre brasileiro.

e.Priorizava uma saída menos radical, com reformas liberais com mediação do Estado.