A Lei Complementar nº 101/2000, também conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), tem como objetivo estabelecer normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. A LRF trata da transparência da gestão fiscal, que é a obrigação dos entes públicos de divulgar informações sobre a execução orçamentária e financeira, além de outras informações relevantes para a sociedade. Já a Lei nº 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação (LAI), tem como objetivo garantir o acesso à informação pública para qualquer pessoa, física ou jurídica. A LAI trata do acesso à informação pública, que é o direito de qualquer pessoa solicitar informações aos órgãos e entidades públicas, que devem disponibilizá-las de forma clara e objetiva. A transparência pode ser ativa ou passiva. A transparência ativa é a divulgação proativa de informações pelos órgãos e entidades públicas, sem que haja necessidade de solicitação por parte da sociedade. Já a transparência passiva é a disponibilização de informações mediante solicitação do interessado. A LRF e a LAI estão relacionadas, pois ambas tratam da transparência na gestão pública. A LRF estabelece a obrigatoriedade de divulgação de informações sobre a execução orçamentária e financeira, enquanto a LAI garante o acesso à informação pública. A Lei nº 12.527/2011 e o Decreto nº 7.724/2012 estabelecem três requisitos de transparência ativa que devem ser atendidos pelos órgãos e entidades públicas: a divulgação de informações sobre a estrutura organizacional, competências, endereços e telefones das unidades e horários de atendimento ao público; a divulgação de informações sobre procedimentos para realização de audiências públicas, consultas públicas e outros mecanismos de participação popular; e a divulgação de informações sobre repasses e transferências de recursos financeiros. Para atender a esses requisitos, um tribunal de justiça deve disponibilizar em seu site institucional informações sobre sua estrutura organizacional, competências, endereços e telefones das unidades e horários de atendimento ao público; divulgar informações sobre audiências públicas, consultas públicas e outros mecanismos de participação popular; e disponibilizar informações sobre repasses e transferências de recursos financeiros. Para concessão de acesso à informação solicitada por um cidadão, a LAI estabelece que a informação deve ser disponibilizada de forma clara e objetiva, em linguagem de fácil compreensão, e que o órgão ou entidade pública deve responder à solicitação em até 20 dias, prorrogáveis por mais 10 dias, mediante justificativa. Caso a informação solicitada seja considerada sigilosa, o órgão ou entidade pública deve justificar a negativa de acesso.
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