a) Sim, a Justiça brasileira pode julgar tanto a ação de divórcio quanto a ação de alimentos. Isso porque, de acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, o juiz brasileiro tem competência para julgar ações que envolvam cidadãos estrangeiros domiciliados no Brasil, como é o caso de Mariam e Mohamed. b) No caso em questão, a lei aplicável ao regime de bens do casal é a lei brasileira, que adota o regime da comunhão parcial de bens como regra geral. Isso porque, de acordo com o artigo 10 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a lei do país em que os cônjuges estabelecem sua residência habitual é a que rege a relação entre eles, salvo se houver convenção em contrário. Como Mariam e Mohamed estabeleceram sua residência habitual no Brasil, a lei brasileira é a que deve ser aplicada. c) Não, o juiz brasileiro não poderia aplicar a lei tunisiana para negar o direito de Said à pensão alimentícia. Isso porque, de acordo com o artigo 16 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, a lei do país em que o menor tem sua residência habitual é a que deve ser aplicada para regular a obrigação de prestar alimentos. Como Said reside na Tunísia, a lei tunisiana é a que deve ser aplicada para regular a obrigação de Mohamed de prestar alimentos ao filho.
a) Na ação de alimentos, o juiz brasileiro poderia aplicar a lei tunisiana para negar o direito de Said à pensão alimentícia? Justifique.
O juiz não deverá aplicar, nessa situação, o direito estrangeiro, pois o direito estrangeiro do caso concreto afronta a ordem pública nacional e, além disso, a lei brasileira é legalmente aplicável ao caso. Art. 17° LINDB
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