Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2018 apontam para um crescimento no número de jovens de 15 a 29 anos fora do sis...

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2018 apontam para um crescimento no número de jovens de 15 a 29 anos fora do sistema nacional de educação. “Em 2018, 24,3 milhões de pessoas de 15 a 29 anos não frequentavam escola ou algum curso da educação profissional ou o pré-vestibular e não haviam concluído a educação básica obrigatória ou, entre os que concluíram, não haviam alcançado o grau de superior completo”. Observe o gráfico apresentando os dados obtidos sobre esse ponto de análise: A pesquisa aponta que existe uma variação entre os motivos que levam esses jovens a evadir da educação. “Cada grupo de jovens têm motivações diferentes para não seguir estudando ou ampliando a sua qualificação. Entre os homens, a principal motivação foi o trabalho ou a procura por trabalho (47,7%), já entre as mulheres, o trabalho foi importante (27,9%), mas a necessidade de realizar afazeres domésticos e cuidado de pessoas foi alegada como principal motivação por 23,3% delas”. AGÊNCIA DE NOTÍCIAS IBGE. PNAD Contínua: Educação avança no país, mas desigualdades raciais e por região persistem. Agência de notícias IBGE. 19 jun. 2019. Disponível em: . Acesso em: 23 ago. 2019. A análise dos dados, apresentada pelo IBGE, é um exemplo de utilização de uma abordagem fenomenológica sobre a evasão escolar entre os jovens brasileiros, pois: a. na fenomenologia a pesquisa deve considerar a objetividade científica, assim como os dados empíricos passíveis de análise, tais como os apresentados pelo IBGE. Essa possibilidade de transformar o fenômeno social em estatística é uma característica desse enfoque teórico-metodológico. b. na fenomenologia a pesquisa deve considerar a subjetividade e os aspectos histórico-sociais como base de análise, isso porque compreende o homem com um ser histórico, como os indivíduos vivem, percebem, pensam e sentem suas vivências sociais, e, na busca pela intencionalidade a investigação, volta-se para o “mundo vivido” pelos sujeitos. c. na fenomenologia a pesquisa deve considerar a compreensão histórica e social da produção material da vida. Por isso, na pesquisa apresentada pelo IBGE podemos observar que a maioria dos jovens que abandonam a vida escolar privilegiam as atividades vinculadas ao trabalho e às necessidades familiares (produção e reprodução da vida). d. na fenomenologia a pesquisa deve considerar a forma como os dados foram coletados, questionando, sempre que necessário, a pertinência e o grau de cientificidade envolvidos. A ideia é não permitir interferências de cunho político-ideológico, garantindo e preservando a neutralidade científica. e. na fenomenologia a pesquisa deve considerar as representações e expectativas de ascensão social, possíveis através da ampliação dos níveis de escolaridade entre os jovens analisados. Para isso, a análise privilegia a discussão sobre as diferenças de gênero presentes na falta de motivação na melhoria das condições sociais.