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A ampla defesa, que consta no art. 5º, inciso LV, da CR/88, prevê que todo ato, no processo penal, deve ser, necessariamente, acompanhado por um ad...

A ampla defesa, que consta no art. 5º, inciso LV, da CR/88, prevê que todo ato, no processo penal, deve ser, necessariamente, acompanhado por um advogado para que possa se manifestar tecnicamente de acordo com os interesses do acusado. Esse princípio também permite que o acusado possa, ele próprio, se defender sem a intervenção direta de seu advogado. É o que se chama de autodefesa. Isso ocorre, por exemplo, por meio do interrogatório ou quando o acusado recebe a intimação sobre uma decisão condenatória e ele próprio pode interpor o recurso apropriado perante o oficial de justiça que o intimou. Em seguida, não podemos nos esquecer do princípio da isonomia. Um processo justo é aquele em que as duas partes interessadas, a acusação e o réu, participam com a mesma intensidade e prerrogativas. A eles estão disponíveis os mesmos instrumentos para convencer o magistrado e demais autoridades públicas. Nesse caso, tendo os órgãos de acusação a possibilidade de produzir provas periciais, a defesa também terá a possibilidade de refutá-las por meio de um assistente técnico que ofereça um parecer científico. Do mesmo modo, podendo o MP arrolar oito testemunhas para cada fato alegado, assim também a defesa poderá arrolar o mesmo número. Pelo princípio da isonomia/ igualdade, os réus (e acusados em geral) também devem ser tratados com igualdade de respeito e consideração entre si (art. 5º, caput, da CR/88). As declarações prestadas por uns não têm em abstrato mais valor do que de outros, devendo o juiz analisar em cada caso o valor de cada declaração prestada.

 

NAVES, Carlos Luiz de Lima; STOPATTO, Mauro. Aspectos Gerais de Armas e Munições. 1. ed. Londrina PR: Editora e Distribuidora Educacional LTDA, 2019. v. 1. 200p

 

Considerando as informações apresentadas acerca do ônus probatório e das atividades probatórias, analise as afirmativas a seguir:

 

I. A prova produzida pode ser utilizada tanto pelo juiz quanto pelas partes.

 

II. Os fatos notórios, os fatos que contêm presunção legal absoluta, os fatos impossíveis e os fatos irrelevantes independem de prova no processo penal.

 

III. Destruição de prova documental ou ameaçar testemunhas pode ser motivo para revogar a liberdade provisória e declarar a prisão preventiva como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

 

IV. O silêncio do acusado importará confissão.

 

V. Em regra, o ônus da prova caberá ao acusado.

Considerando o contexto apresentado, é correto o que se afirma em:


💡 1 Resposta

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Considerando as informações apresentadas acerca do ônus probatório e das atividades probatórias, analise as afirmativas a seguir: I. A prova produzida pode ser utilizada tanto pelo juiz quanto pelas partes. Verdadeiro. A prova produzida pode ser utilizada tanto pelo juiz quanto pelas partes. II. Os fatos notórios, os fatos que contêm presunção legal absoluta, os fatos impossíveis e os fatos irrelevantes independem de prova no processo penal. Falso. Os fatos notórios e os fatos que contêm presunção legal absoluta independem de prova no processo penal, mas os fatos impossíveis e os fatos irrelevantes não são objeto de prova. III. Destruição de prova documental ou ameaçar testemunhas pode ser motivo para revogar a liberdade provisória e declarar a prisão preventiva como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. Verdadeiro. A destruição de prova documental ou ameaçar testemunhas pode ser motivo para revogar a liberdade provisória e declarar a prisão preventiva como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. IV. O silêncio do acusado importará confissão. Falso. O silêncio do acusado não importará confissão. V. Em regra, o ônus da prova caberá ao acusado. Falso. Em regra, o ônus da prova caberá ao Ministério Público, que é o órgão acusador.

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