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Antes de iniciar a dosimetria da pena, é importante salientar que o processo segue o sistema trifásico do cálculo da pena, que consiste nas seguint...

Antes de iniciar a dosimetria da pena, é importante salientar que o processo segue o sistema trifásico do cálculo da pena, que consiste nas seguintes fases: (i) análise das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal; (ii) análise das atenuantes e agravantes; e (iii) aplicação das causas de diminuição e de aumento de pena. Assim, na primeira fase da dosimetria da pena, considerando as circunstâncias judiciais acima mencionadas e a ausência de circunstâncias atenuantes, fixo a pena base em 3 ano e 6 meses de reclusão e 15 dias-multa para o crime de lesão corporal em contexto de violência doméstica e por razões da condição do sexo feminino, previsto no art. 129, §9º e §13º do Código Penal, e em 2 anos de reclusão e 20 dias-multa para o crime de dano qualificado pela violência a pessoa, previsto no art. 163, inciso I, do Código Penal. II - SEGUNDA FASE: AGRAVANTES E ATENUANTES Não há atenuantes a serem consideradas. No que se refere às agravantes, constato que o réu não e reincidente de acordo com o art (CP, art. 64, I) a extinção da punibildade ocorreu em 15/03/2015 no crime do art 303 CTB, não há reicidencia. Ademais, em relação ao delito de lesão corporal, verifico que o crime foi cometido no contexto de violência doméstica, tendo como vítima a companheira do réu, o que autoriza a aplicação da agravante prevista no art. 61, inciso II, alínea f, do Código Penal. Além disso, a vítima mantinha relação de união estável com o réu, o que também autoriza a aplicação da agravante prevista no art. 61, inciso II, alínea e, do Código Penal. Em relação ao delito de dano qualificado Art. 163 , I CP. Constato que o réu restituiu a vítima adquirindo um novo aparelho celular da mesma marca e modelo, o que pode ser considerado como causa de diminuição de pena, nos termos do art. 16 do Código Penal. Sendo assim, diante do exposto, fixo a pena final para o delito de lesão corporal em 04 (três) anos e 06 (seis) meses de reclusão, e para o delito de dano em 01 (um) ano e 06 (seis) meses de detenção. Ambas as penas serão cumpridas em regime inicial fechado, em razão da gravidade dos delitos. Ressalto que as penas devem ser unificadas, nos termos do art. 69 do Código Penal, resultando na pena definitiva de 05 (cinco) anos e 06 (seis) meses de reclusão, em regime inicial fechado. Por fim, em relação à substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, verifico que o réu não preenche os requisitos previstos nos arts. 44 e 77 do Código Penal, sendo inviável a substituição.

O processo de dosimetria da pena segue o sistema trifásico do cálculo da pena.
A primeira fase da dosimetria da pena consiste na análise das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal.
Na segunda fase da dosimetria da pena, são analisadas as atenuantes e agravantes.
O réu não apresentou circunstâncias atenuantes.
O réu não é reincidente.
O crime de lesão corporal foi cometido no contexto de violência doméstica e por razões da condição do sexo feminino.
O réu mantinha relação de união estável com a vítima do crime de lesão corporal.
O réu restituiu a vítima do crime de dano qualificado adquirindo um novo aparelho celular da mesma marca e modelo.
A pena final para o crime de lesão corporal é de 4 anos e 6 meses de reclusão e 15 dias-multa.
A pena final para o crime de dano qualificado é de 1 ano e 6 meses de detenção.
As penas serão cumpridas em regime inicial fechado.
As penas devem ser unificadas, resultando na pena definitiva de 5 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicial fechado.
Não é possível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

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Dosimetria da pena 1
2 pág.

Direito Penal I Centro Universitário Faculdade Maurício de NassauCentro Universitário Faculdade Maurício de Nassau

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O texto apresenta informações sobre o processo de dosimetria da pena, que segue o sistema trifásico do cálculo da pena. Na primeira fase, são analisadas as circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal. Na segunda fase, são analisadas as atenuantes e agravantes. No caso apresentado, não há circunstâncias atenuantes, mas há agravantes, como o fato do crime de lesão corporal ter sido cometido no contexto de violência doméstica e por razões da condição do sexo feminino, além da vítima manter relação de união estável com o réu. No crime de dano qualificado, o réu restituiu a vítima adquirindo um novo aparelho celular da mesma marca e modelo, o que pode ser considerado como causa de diminuição de pena. A pena final para o crime de lesão corporal é de 4 anos e 6 meses de reclusão e 15 dias-multa, enquanto a pena final para o crime de dano qualificado é de 1 ano e 6 meses de detenção. As penas serão cumpridas em regime inicial fechado e devem ser unificadas, resultando na pena definitiva de 5 anos e 6 meses de reclusão, em regime inicial fechado. Não é possível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.

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