Inicialmente, não é fora de contexto, o conceito de responsabilidade civil. Nas palavras do saudoso Silvio de Salva Venosa (2006, p.1): “O termo re...
Inicialmente, não é fora de contexto, o conceito de responsabilidade civil. Nas palavras do saudoso Silvio de Salva Venosa (2006, p.1): “O termo responsabilidade é utilizado em qualquer situação na qual alguma pessoa, natural ou jurídica, deva arcar com as consequências de um ato, fato, ou negócio danoso”. Responsabilidade, para o Direito, é apenas uma obrigação derivada; um dever jurídico sucessivo de assumir as consequências jurídicas do fato, que podem ir de reparação dos danos à punição pessoal do agente causador do fato, conforme os interesses do agente lesado. Apesar do que muitos imaginam, os médicos e enfermeiros, tem sim responsabilidade sobre suas ações em procedimentos de risco. Conforme disposto no art. 951 do CC, os profissionais de saúde têm responsabilidade, se o ato ocorrer por negligência, imprudência ou imperícia do agente. Entretanto, na maior parte das situações, a responsabilidade civil do profissional da saúde, é considerada subjetiva. Ou seja, significa que, se no exercício da profissão, o correr um dano ao paciente, seja ele uma lesão, um agrava da situação ou até mesmo o óbito, o médico ou enfermeiro é responsabilizado somente se comprovada a ação, omissão, o nexo de causalidade ou se ficar demonstrada sua culpa. Como já abordado, a culpa dar-se pela Negligência, imprudência ou imperícia do autor do fato, portanto cabe explicar cada uma delas, a fim de que se identifique tal ação. Negligência. Caracteriza-se negligência, quando o sujeito causador do dano, deixa de ter o devido cuidado, ou age sem a cautela. É um comportamento passivo, contrário do que ocorre na imprudência. Um exemplo comum de negligência é quando o motorista trafega com os pneus do carro carecas, colocando a si próprio e a terceiros em risco eminente de acidente. para determinada situação profissional, trazendo um exemplo dentro da medicina, caso um paciente estético, venha a apresentar problemas de saúde originários de procedimento realizado por médico incapacitado, ou seja sem o devido conhecimento/curso para realizar o procedimento, esse profissional estará agindo com imperícia ou seja ele não é um “perito” em determinada área, portanto não deveria estar trabalhando na mesma. Conclui-se, portanto que apesar de haver sim artigo no Código Civil Brasileiro, que responsabilize o profissional da saúde, por danos causados a pacientes, essas condutas são consideradas subjetivas, transferindo assim o ônus da prova ao paciente (ou familiar, no caso de óbito), devendo este provar judicialmente a conduta do profissional, nos termos supramencionados. Além das situações já abordadas, deve-se considerar ainda que atualmente, em quase todos os casos, principalmente em procedimentos estéticos, existe um contrato entre paciente e médico, o qual isenta o profissional de qualquer erro médico o que ampara o profissional no exercício de seu ofício.
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