quais os fundamentos para a protecao ao direito da personalidade silvio venosa

Bom, para responder a sua pergunta, antes a gente deve analisar alguns aspectos, como o seu conceito. O direito da personalidade se define como um conjunto direitos personalíssimos, subjetivos e absolutos, que dão ao seu titular a faculdade ou o conjunto da faculdade da defesa da própria pessoa, dentro dos seus aspectos físicos e espirituais, dano moral. Mesmo após a morte, alguns direitos da personalidade (em função da hereditariedade) são mantidos. Exemplo: art. 12, CC/02.

São características dos direitos da personlaidade (art. 11,CC/02):

1 – São absolutos (Erga omnis);

2 – São vitalícios;

3 – São extrapatrimoniais – não é valorado, o dano moral é compensável e não indenizado;

4 – É intransmissível;

5 – São indisponíveis;

6 – São imprescritíveis;

7 – São impenhoráveis;

8 – São irrenunciáveis.

Alguns direitos decorrem do direito da personalidade. Eles estão fundamentados e tutelados em vários institutos normativos tais como a Constituição (que tutela o nome e inviolabilidade do foro intimo em inumeros incisos do seu art. 5º), no Código Civil (onde tutela sobre o direito a vida [art. 12 e 13, CC/02], a honra [esse também tutelado pelo Código Penal], a intimidade, a privacidade, ao nome, direito ao corpo vivo ou morto, a imagem, direito de alimentos, de greve, direito acesso à justiça gratuita [esse também tutelado pelo CPC], dentre inumeros outros).

Por ser um assunto muito abrangente e existir incontaveis exemplos de direitos da personalidade, a resposta ficaria muito extensa se fossemos elencar todos aqui, mas pode-se dizer que os fundamentos para a tutela desses direitos estão elencados ao longo de diversos ramos do Direito. Espero que tenha ajudado.