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A lei de Say sempre teve destaque nas polêmicas entre os economistas. Dois importantes autores tomaram partido contrário à Say, Thomas Malthus e Ke...

A lei de Say sempre teve destaque nas polêmicas entre os economistas. Dois importantes autores tomaram partido contrário à Say, Thomas Malthus e Keynes. Malthus, em sua polêmica com Ricardo no século XIX, defendia que os capitalistas podiam ao mesmo tempo diminuir a demanda total por produtos e/ou incorrer em superprodução. Pouco mais de um século mais tarde, Keynes também critica a lei de Say. Em sua crítica, o autor apresenta o que ficou conhecido como princípio da demanda efetiva. Assinale a alternativa que melhor representa, em linhas gerais, a crítica de Malthus e de Keynes em relação à lei de Say. a. Malthus dizia que os capitalistas eram gananciosos demais, por isso, reduziam os salários dos trabalhadores, o que fazia com que a demanda por produtos caísse. No fim, os próprios capitalistas seriam prejudicados pela sua ganância. Já Keynes, direciona sua crítica ao equilíbrio no mercado de trabalho. Segundo Keynes, não há garantias de que uma economia esteja no pleno emprego, isso porque os empresários são afetados pelas expectativas de futuro, os salários não correspondem à desutilidade marginal do trabalho e pode haver retenção de moedas. b. Para Keynes, não haveria garantia de equilíbrio no mercado de trabalho, ou de pleno emprego. Pois, o segundo princípio clássico do mercado de trabalho, que diz que a oferta de trabalho deve corresponder à desutilidade marginal do trabalho, não é valido. Além disso, expectativas sobre o futuro incerto podem afetar as decisões dos empresários e reduzir a demanda efetiva. Já para Malthus, os capitalistas, exageradamente parcimoniosos, evitariam gastos para elevar sua acumulação de capital. Com isso, a demanda por capital se ampliaria, levando à superprodução, ao mesmo tempo, o consumo capitalista cairia levando à insuficiência de demanda. c. Para Malthus, os capitalistas seriam gananciosos e elevariam seus preços para elevar seus lucros. Com isso, a demanda por bens cairia. Com a queda de demanda, os produtores teriam capacidade ociosa das máquinas, o que poderia ser entendido como superprodução. No entanto, isso só ocorreria em casos extremos. Keynes, por sua vez, inverte a causalidade de Say, a demanda criaria a oferta. O principal indutor da demanda seria o gasto público, e como o liberalismo defende a redução do gasto público, isso implicaria em queda da demanda efetiva. Por isso, Keynes imaginava que a elevação do gasto público iria solucionar o problema de demanda, e a lei de Say voltaria a ser válida. d. Keynes acreditava que os capitalistas poupavam demais, isso reduzia a sua disposição a investir. Com isso, a poupança seria maior do que o investimento, e o equilíbrio entre investimento e poupança nunca seria obtido. Assim, a lei de Say não valeria para o mercado monetário. Para Malthus, os capitalistas são condicionados a elevar sua acumulação de capital, para tanto elevam sua poupança. Isso teria dois efeitos, redução da demanda e elevação da capacidade instalada acima da demanda. e. Malthus e Keynes criticavam a lei de Say do mesmo modo. Ambos achavam que a lei de Say era válida no curto prazo, assim, os mercados estariam em equilíbrio na maior parte do tempo. Contudo, uma vez que alguma instabilidade acontecesse, como, por exemplo, uma crise, a demanda cairia e a lei de Say deixaria de ser válida. A única diferença entre Malthus e Keynes é que o último acreditava que o governo poderia intervir nas crises elevando a demanda.

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A alternativa que melhor representa, em linhas gerais, a crítica de Malthus e de Keynes em relação à lei de Say é a letra B. Para Malthus, os capitalistas, exageradamente parcimoniosos, evitariam gastos para elevar sua acumulação de capital. Com isso, a demanda por capital se ampliaria, levando à superprodução, ao mesmo tempo, o consumo capitalista cairia levando à insuficiência de demanda. Já para Keynes, não haveria garantia de equilíbrio no mercado de trabalho, ou de pleno emprego. Pois, o segundo princípio clássico do mercado de trabalho, que diz que a oferta de trabalho deve corresponder à desutilidade marginal do trabalho, não é valido. Além disso, expectativas sobre o futuro incerto podem afetar as decisões dos empresários e reduzir a demanda efetiva.

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