Em 2006, passou a vigorar a nova Lei de Drogas. A legislação tinha por objetivo estabelecer critérios de combate às drogas centrados mais na guerra...

Em 2006, passou a vigorar a nova Lei de Drogas. A legislação tinha por objetivo estabelecer critérios de combate às drogas centrados mais na guerra ao tráfico do que no consumidor — mas, por subjetiva demais, passou a mandar indistintamente para a prisão, praticamente a julgamento da autoridade policial, todo aquele que seja apanhado com alguma quantidade de drogas. De tal forma que, desde que a Lei entrou em vigor, o número de presos por drogas quadruplicou no país (e o consumo, como vimos, não vem baixando). De um universo carcerário em torno de 600 mil pessoas, a prisão por envolvimento com venda/uso de drogas no país corresponde a 25% do total de homens e, uma dimensão mais impressionante, 63% entre as mulheres (mais de 70% em São Paulo). As razões podem ser muitas – um aumento no tráfico de drogas, um maior foco na repressão, a prisão de usuários como traficantes ou alguma outra razão não tão lógica. (...). Fonte: SALLES, Marcos. Brasil – Resultados da Política de Drogas Atual. Disponível em ;. Acesso em: 20 nov. 2017. Qual inovação na legislação antidrogas adotada pelo Brasil em 2006 contribuiu para o aumento da segregação de pessoas envolvidas com o tráfico e, consequentemente, para a superlotação dos presídios brasileiros? Questão 4Escolha uma opção: a. A imposição obrigatória do regime fechado para o início do cumprimento da pena, independente da reprimenda aplicada. b. A elevação da pena mínima do delito, para um patamar no qual são vedadas a concessão de benefícios e o abrandamento da forma de cumprimento da sanção. c. A ampliação de condutas tipificadas como tráfico, como o transporte e a guarda de substâncias entorpecentes, antes atípicas. d. A criminalização do cultivo e da colheita de plantas destinadas ao preparo de drogas, assim como da fabricação de aparelhos destinados à preparação de entorpecentes. e. A vedação expressa à substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos.