Nos anos 40, quando havia certo consenso de que a intervenção estatal por meio de uma política fiscal ativa poderia garantir o pleno emprego, o economista polonês Kalecki mostrou que a oposição a essas ideias vinha de "proeminentes e autointitulados 'especialistas econômicos' estreitamente ligados à banca e à indústria", de forma que se tratava de um posicionamento político e não fundamentado na teoria econômica.
NORONHA, José Carvalho; NORONHA, Gustavo Souto; COSTA, Ana Maria. A revolta contra os pobres: saúde é para poucos. S
Através dos estudos de Michal Kalecki, propôs-se uma relação distinta entre Estado, agentes privados e instituições internacionais, para a promoção do desenvolvimento econômico.
Considerando a obra deste autor e seus estudos relativos ao tema, avalie as afirmativas que se seguem:
I – A preocupação com o Desenvolvimento, em Kalecki, é puramente econômica, uma vez que a dinâmica social é regulada pelo mercado, conforme o modelo neoclássico; o estado deveria, portanto, abster-se de oferecer serviços sociais.
II – O crédito externo é, para Kalecki, uma solução de equilíbrio entre as necessidades de poupança interna para o financiamento ao investimento, e a necessidade de controle do aumento da inflação.
III – Dentro das possibilidades de ação mediante a contratação de créditos externos, Kalecki defende a liberalização das importações, especialmente de bens não-essenciais, de modo a gerar circulação monetária entre capitalistas, cujo crescimento beneficia os trabalhadores.
É correto o que se afirma em:
Escolha uma opção:
a.
II e III, apenas.
b.
III, apenas.
c.
II, apenas.
d.
I e II, apenas.
e.
I e III, apenas.
A alternativa correta é a letra "a) II e III, apenas". I - A preocupação com o Desenvolvimento, em Kalecki, não é puramente econômica, uma vez que ele defende a intervenção do Estado na economia para garantir o pleno emprego e a distribuição de renda. II - O crédito externo é uma das soluções propostas por Kalecki para financiar o investimento e manter a inflação sob controle. III - Kalecki defende a liberalização das importações de bens não-essenciais para gerar circulação monetária entre capitalistas e beneficiar os trabalhadores.
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