Ainda se referindo as ideias parsonianas de compreensão do tecido social e, consequentemente, dos fenômenos que dele se desdobram, a autora problem...

Ainda se referindo as ideias parsonianas de compreensão do tecido social e, consequentemente, dos fenômenos que dele se desdobram, a autora problematiza uma visão que influenciou toda uma geração de estudos e pesquisas. Construção que faz parte de um imaginário sociocultural que ainda assombra as relações mais elementares do convívio social. Quais desdobramentos socioculturais podemos identificar como legado? Criminalização dos Direitos Humanos; Generalização da Violência como fenômeno cultural e natural; políticas públicas descentralizadas; relação entre Estado e Sociedade Civil harmônica; institucionalidade democrática em prol da coletividade; desenvolvimento social, cultural e político alinhado ao econômico. Organização social que garante vez e voz para todas/os; construção de políticas públicas endógenas; participação popular na vida da cidade; parcerias político-econômicas entre Sociedade Civil e Estado; políticas econômicas que garantem inclusão produtiva de famílias em vulnerabilidade social. Políticas educacionais que valorizam a aprendizagem de habilidades e competências de diferentes linguagens e artes visando promover a ação-reflexão-ação – cidadão crítico e criativo; construção de um tecido social onde a realidade política é horizontal e dialógica; relação social de equidade entre as diferenças e a diversidade cultural, religiosa e sexual. Sociedade/cultura plural que é valorizada em sua dinamicidade, individualidade e identidades regionais; a compreensão de que política, religião e futebol não se discutem; a educação como instrumento de ascensão social; normas e regras estáveis. Criminalização dos MS; Violência/repressão como ferramentas institucionais de controle social; políticas desconectadas, pontuais e descontínuas; posturas antidialógicas, verticalizadas e assimétricas entre os poderes (Estado e Sociedade Civil); uso/abuso da institucionalidade para manutenção do status quo; meritocracia e competitivismo como critério sociocultural de exclusão/dominação/classificação.