Aristóteles busca definir em sua Política o que torna o homem um animal político. Para tanto, ele segue o seguinte expediente: exclui dos homens co...
Aristóteles busca definir em sua Política o que torna o homem um animal político. Para tanto, ele segue o seguinte expediente: exclui dos homens comuns os ermitões, que viveriam fora da cidade, e os guerreiros. Ambos não seriam peças fora do jogo, mas serviriam para consolidar a evidência de que o homem, como outros seres vivos é um animal gregário. Isso não o tornaria ainda um animal político. Na passagem a seguir, ele sugere que a linguagem desempenha esse papel: “Como dizemos frequentemente, a natureza não faz nada em vão; ora, o homem é o único entre os animais a ter linguagem [lógos]. O simples som é uma indicação do prazer ou da dor, estando, portanto, presente em outros animais, pois a natureza destes consiste em sentir o prazer e a dor e em expressá-los. Mas a linguagem tem como objetivo a manifestação do vantajoso e do desvantajoso, e, portanto, do justo e do injusto. ” (Aristóteles, Política, I, 2, 253a9-253a12) O que é possível afirmar segundo Aristóteles? Com base nessas informações, assinale a alternativa correta.
A livre associação se deu graças a um estado comunal primordial no qual todos partilhavam as mesmas noções éticas, e daí surgiu a linguagem, condição essencial para a posterior emergência do estado. A associação dos que têm em comum a linguagem e as noções que elas implicam constitui a família e o Estado. A disputa pela propriedade privada e pela terra teriam sido fundamentais para a emergência da linguagem e posteriormente do Estado. A guerra dos que não têm em comum a linguagem e as noções que elas implicam permitiria a origem da família e o Estado. Nenhuma das alternativas.
Segundo Aristóteles, é possível afirmar que a associação dos que têm em comum a linguagem e as noções que elas implicam constitui a família e o Estado. Portanto, a alternativa correta é a letra B.
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