A capoeira ainda não é um esporte olímpico, embora tenha havido uma tentativa de incluí-la no programa do Rio-2016 como um esporte de apresentação ...

A capoeira ainda não é um esporte olímpico, embora tenha havido uma tentativa de incluí-la no programa do Rio-2016 como um esporte de apresentação ou de uma única edição, entrando como esporte nacional, o que foi recusado pelo COI. Dentre as dificuldades para a inclusão do esporte no rol olímpico, vários pontos podem ser destacados, tais como:

1. a maioria das organizações da capoeira não a vê como um esporte, tampouco como uma ginástica, o que, segundo regras do COI, impossibilita a inclusão do esporte nos jogos olímpicos. A maioria das agremiações vê a capoeira como uma manifestação cultural e folclórica.
2. não existe unificação entre as categorias, como exige o COI. Enquanto alguns praticantes não usam identificação, outros categorizam pelas cores das cordas ou lenços. Há ainda vertentes, como a capoeira contemporânea, que além dos cordões, dividem as categorias por peso.
3. o esporte não é praticado em todos os continentes, como exige o COI. A arte marcial, por relembrar os tempos de escravidão, não é praticada no continente africano, sendo inclusive proibido em diversos países, como no Congo e em Angola.
4. o esporte não é praticado em 150 nações, como é exigido pelo COI, com a nomenclatura idêntica, uma vez que alguns países a chamam de “capoeira”, outros de “capoeira d’Angola”, e ainda, como em alguns países de língua portuguesa, de “Luta Regional Baiana”.
5. a dificuldade para o acordo na forma da competição. Enquanto organizações como a FICA defendem uma luta competitiva um contra um, outras, como a ABADÁ, defendem uma apresentação acrobática, mais semelhante às ginásticas.